O hangar que albergará os meios aéreos dedicados à missão de combate aos incêndios rurais, nomeadamente os helicópteros UH-60 Black Hawk que equipam a Esquadra 551 – ‘Panteras’, foi inaugurado esta manhã de quinta-feira na Base Aérea N.º 8 (BA8), em Ovar, numa cerimónia que contou com a presença do chefe do Estado-Maior da Força Aérea (CEMFA), general João Cartaxo Alves, do vice-presidente da Câmara Municipal de Ovar, Alexandre Rosas, e do presidente da Junta de Freguesia de Maceda, Óscar Miguel Silva.
“O denominado Hangar Norte agora inaugurado foi alvo de uma remodelação total, tendo sido financiado com verbas provenientes maioritariamente do Plano de Recuperação e Resiliência, conforme fundamentado na Resolução do Conselho de Ministros n.º 27/2021, de 22 de março. As obras de remodelação, que tiveram início em dezembro de 2023, ficaram concluídas em fevereiro último e resultaram numa adaptação total daquela infraestrutura às necessidades de manutenção dos helicópteros UH-60 Black Hawk”, detalhou a Força Aérea, em comunicado.
Este projeto “não só teve de atender aos exigentes requisitos técnicos associados a esta nova aeronave da Força Aérea, mas também tiveram que corresponder aos exigentes requisitos ergonómicos relacionados com as condições de trabalho, de luminosidade e de apetrechamento técnico para que os nossos técnicos possam efetuar as suas ações de manutenção de uma forma correta e produtiva”, salientou o general CEMFA.
O responsável acrescentou que esta obra exigiu “grande dedicação, trabalho, competência técnica e, principalmente, de grande espírito de missão de todos os militares”, tendo permitido que “hoje conseguíssemos ter estas magníficas instalações destinadas à manutenção dos helicópteros UH-60 Black Hawk”.
Além da remodelação do hangar, está também a ser construído o futuro edifício da Esquadra 551 – ‘Panteras’, que se prevê que esteja concluído até 2026, assim como um bairro residencial para os militares e respetivas famílias.
Estas intervenções fazem parte da edificação de uma “capacidade complexa que passa por varadíssimos estágios”, nomeadamente “por infraestruturas adequadas, por meios aéreos necessários, tripulantes qualificados, técnicos de manutenção certificados; enfim, todo um conjunto de questões que têm de ser pensadas, elaboradas, plasmadas num plano ao longo do tempo e que não nasce de um dia para o outro”, rematou.
A Força Aérea recordou ainda que, em 2018, o Governo transferiu para a sua competência “os meios próprios do Estado para a missão de combate a incêndios rurais”.
“Fruto dessa nova capacidade da Força Aérea, no final de 2023, o até então Aeródromo de Manobra N.º 1 foi transformado em Base Aérea N.º 8. Paralelamente, foram assinados contratos de aquisição de nove helicópteros UH-60 Black Hawk – quatro dos quais já rececionados – e dois aviões bombardeiros pesados DHC-515 Firefighter, vulgo Canadair – a serem entregues em 2029 e 2030”, lê-se.
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