Em declarações à Lusa, a cônsul-geral de Portugal em Nova Iorque, Luísa Pais Lowe, explicou que esta iniciativa será uma forma de apostar na diplomacia cultural e na internacionalização da cultura portuguesa, tornando as novas instalações do Consulado numa "montra de Portugal nas mais variadas áreas".
"Portugal tem excelência na área cultural. Tem muito para dar e mostrar ao mundo. Mas a cultura é também um instrumento de diplomacia muito poderoso, porque de facto é uma forma de comunicação suave e bonita, e eu acho que é importante, neste mundo complicado, podermos comunicar com arte e com cultura", explicou a diplomata portuguesa.
A artista escolhida para a primeira tertúlia foi Isabel Pavão, residente em Nova Iorque, e que tem duas obras expostas no Consulado.
No evento de quarta-feira, que contará com convidados portugueses e norte-americanos, Isabel Pavão falará da sua carreira e principais exposições, numa tertúlia seguida de uma receção com gastronomia e vinhos portugueses.
Apesar de não adiantar quem serão os próximos artistas convidados, Luísa Pais Lowe garante que o objetivo é tentar alcançar uma vasta gama de áreas culturais em que os portugueses têm presença em Nova Iorque, mas sempre dentro dos limites de espaço proporcionados pelo edifício do Consulado.
A falta de recursos humanos também não permitirá que o evento se realize mensalmente, mas a cônsul-geral aponta para uma periodicidade trimestral, embora admita que gostaria de organizar a próxima tertúlia já em junho, por ser o mês em que se comemora o Dia de Portugal.
"A ideia é tentar criar nas pessoas, na comunidade, o hábito de três em três meses virem ao Consulado. É também uma iniciativa de proximidade à comunidade e uma oportunidade de (...) se conhecerem melhor uns aos outros. No fundo, temos aqui vários propósitos", indicou à Lusa Luísa Pais Lowe.
O evento conta com o apoio do instituto Camões.
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