A família da grávida da Murtosa quer que o julgamento pelo seu desaparecimento seja à porta aberta, com a presença da comunicação social e, por isso, vai recorrer da decisão do tribunal.
O julgamento do homem acusado do homicídio de Mónica está agendado para 19 de maio, no Tribunal de Aveiro, tendo fonte judicial anunciado que o mesmo será à porta fechada.
A juíza titular do processo determinou a exclusão da publicidade da audiência de julgamento e demais atos processuais, o que quer dizer que apenas podem assistir "as pessoas que nele tiverem de intervir, bem como outras que o juiz admitir por razões atendíveis".
A decisão não gera consenso e a SIC Notícias avança hoje que António Falé de Carvalho, advogado da família da vítima, vai recorrer da decisão do tribunal de Aveiro.
O arguido Fernando Valente é acusado do homicídio de Mónica e ainda de aborto, profanação de cadáver, acesso ilegítimo e aquisição de moeda falsa para ser posta em circulação.
Segundo o despacho de acusação do Ministério Público (MP), durante cerca de um ano, o empresário e a vítima mantiveram uma relação íntima (que o arguido tentou sempre manter em segredo), fruto da qual aquela engravidou.
"Já com 7 meses de gestação, no dia 29 de setembro de 2023, a vítima comunicou ao arguido esse seu estado e este, por forma a evitar que lhe viesse a ser imputada a paternidade e beneficiassem do seu património, decidiu matar a vítima e o feto que [Mónica] gerava" pode ler-se no despacho da acusação.
Recorde-se que até hoje o corpo de Mónica nunca foi encontrado.
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