Leitão Amaro falava após a reunião do Conselho de Ministros, quando questionado sobre a manifestação que hoje juntou dezenas de imigrantes junto às instalações Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) no Porto, para reivindicar respostas rápidas aos pedidos de regularização, gritando palavras de ordem como "documentos para todos, todos, todos" (numa alusão a uma mensagem do Papa Francisco, falecido na segunda-feira).
"Nós fizemos com que os processos de documentação avançassem, ao mesmo tempo que incorporámos várias medidas de reforço e controlo de segurança, e respondemos às pessoas que dizem ´queremos os documentos todos, todos, todos´, (com) ´todos os que cumpram a lei portuguesa´", respondeu o ministro.
Nas palavras do ministro aos que cumprem a lei o Estado responde com "celeridade e justiça".
"A quem não cumpre a lei portuguesa acabou o tempo em que se fecham os olhos à falta de registos criminais nos países de origem, em que se fecham os olhos à necessidade de recolha de dados biométricos. Acabou o tempo em que as regras são desconsideradas. Isso é injusto para aqueles que vieram com esforço para cumprir as leis e é injusto para todos os portugueses que cumprem as leis no dia-a-dia", afirmou Leitão Amaro.
O ministro disse que o Governo ouviu os que manifestam preocupação porque o Estado demora a responder aos seus pedidos e reagiu, tal como ouviu os que se preocuparam "porque durante demasiado tempo houve um descontrolo da politica imigratória, uma falta de controlo dos fluxos, de requisitos básicos de segurança, um ignorar das exigências e controlo".
E acrescentou: "Podemos dizer a uns e outros que a politica de imigração mudou mesmo e muito há 11 meses", que hoje já não é descontrolada, é regulada e humanista.
Leitão Amaro disse que foi dado um "grande avanço" aos 440 mil pedidos de documentação, e que foram atendidos "grande parte" dos 220 mil casos com processos e títulos CPLP para renovar e substituir.
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