O primeiro-ministro, Luís Montenegro, afirmou que "há um ano a Saúde estava pior do que está agora", em resposta ao secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, que o acusou, no sábado, de fugir a assumir responsabilidades pela situação atual no Serviço Nacional de Saúde (SNS).
"Não quer dizer que esteja bem mas, felizmente, estamos a conseguir, com muito trabalho, dar melhores condições para que haja mais médicos, enfermeiros mais motivados, assistentes com condições para progredir, bons recursos humanos. Estamos a investir em tudo o que são ofertas que dão garantias de termos serviços abertos e podermos resolver um problema que vem de muitos anos. Não estando tudo resolvido, a verdade é que hoje espera-se menos tempo para ter uma consulta, cirurgia e também há menos urgências fechadas do que havia há um ano nas mesmas circunstâncias", defendeu Montenegro, este domingo, depois de ter feito uma caminhada na Maratona da Europa, em Aveiro.
O líder do PSD sublinhou que o Governo tem estado a "resolver os problemas à medida que o tempo permite". Acredita que os "portugueses tenham sentido de justiça" e, nas próximas eleições, vão saber "fazer uma apreciação do que cada um foi capaz de fazer".
"Não nos podem exigir que façamos em 12 meses o que outros não fizeram em mais de 20 anos. O PS governou 22 dos últimos 30 anos. Os que hoje nos exigem fazer num ano não foram capazes de fazer nesse período, até percebo que tenham muita confiança no Governo porque sabem que somos mais ágeis e eficazes a resolver", acrescentou o primeiro-ministro.
No sábado, o secretário-geral do PS acusou o primeiro-ministro de fugir a assumir responsabilidades pela situação atual no SNS, alegando que agora há mais serviços de urgência encerrados do que no ano passado.
Em declarações aos jornalistas, à chegada a uma sessão destinada a apresentar o Manifesto Jovem da JS, em Marvila, no concelho de Lisboa, o líder socialista atacou diretamente Luís Montenegro: "Temos ainda um primeiro-ministro incapaz de assumir responsabilidades, incapaz até de mostrar empatia face à realidade que muitos portugueses enfrentam na procura de umas urgências encontram encerradas."
Recorde-se que, este domingo, cinco serviços de urgência hospitalares de ginecologia/obstetrícia e dois de pediatria estão encerrados, a maioria em Lisboa e Vale do Tejo, segundo o Portal do SNS.
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