Joaquim Mota e Silva, presidente da Câmara de Celorico de Basto, foi detido na última madrugada. Em causa está o facto de ter conduzido um carro numa altura em que, durante 12 horas, estaria inibido de conduzir, por ter dado positivo num teste de alcoolemia. Acusado de desobediência, terá de ir a tribunal. “Ia estacionar”, explicou o autarca ao Jornal de Notícias.
Com uma taxa superior a 0,5 mas abaixo dos 1,2 (não constituindo crime), Mota e Silva foi notificado pela PSP, no Porto, na madrugada de ontem. Durante 12 horas estaria impedido de conduzir. No entanto, segundo a participação das autoridades, o autarca não terá acatado a ordem.
Mota e Silva regressou ao local onde tinha deixado o carro, na altura em que foi abordado pela polícia, e pegou no carro, acabando por ser visto pelas autoridades – e logo a mesma patrulha que já o tinha fiscalizado. O autarca justifica-se dizendo que não teve “a perceção de que não podia conduzir. Ia estacionar melhor e estacionei”, justificou-se, citado pelo mesmo jornal.
O caso, porém, agravou-se e agora terá de responder no Tribunal de Pequena Instância Criminal do Porto por desobediência. Em 2006, Mota e Silva já tinha sido ‘apanhado’ com uma taxa de alcoolemia de 1,65, algo que lhe valeu a detenção e condenação: quatro meses impedido de conduzir.
Sobre o caso deste fim-de-semana, o autarca realçou que que se tratou de um acontecimento de foro pessoal. “Foi como cidadão e não como Presidente da Câmara”, salientou.