É preciso convergência para resolver imigração no Mediterrâneo

A presidente da Assembleia da República destacou hoje a necessidade de uma política de convergência entre instituições, países ocidentais e africanos para resolver a questão da imigração no mar Mediterrâneo.

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Lusa
12/05/2015 17:27 ‧ 12/05/2015 por Lusa

País

Assunção Esteves

Assunção Esteves falava no final da sessão plenária da assembleia parlamentar da União para o Mediterrâneo (UpM), que se seguiu à II cimeira de presidentes da assembleia parlamentar da UpM, dedicada à 'Imigração, Asilo e Direitos Humanos na Região Euro-Mediterrânica'.

"O foco foi nos problemas dos países de origem, as causas para esta imigração (...) sendo necessária uma diplomacia muito ativa, com um calendário de contactos. A UE precisa de ser forte devido ao seu papel de liderança no mundo", disse.

O papel da ONU "é ainda muito importante já que uma das principais razões da imigração é a fuga aos grandes conflitos", acrescentou.

"Esta questão tem duas faces: o da mobilidade justa, a mobilidade não pode ser impedida, só gerida. Por outro lado, o interesse. A Europa tem interesse em abrir novos canais legais de imigração" e de definir quotas de asilo, afirmou Assunção Esteves, que afirmou ter sido uma "total surpresa a facilidade em obter consensos" em torno do problema da imigração através do Mediterrâneo.

Na declaração final da II cimeira, divulgada na segunda-feira, os presidentes dos parlamentos dos países da União para o Mediterrâneo (UpM) decidiram recomendar à UE a criação de mais canais humanitários e vistos para enfrentar chegadas de migrantes em situação de emergência.

Na declaração, os signatários também solicitam o "respeito pela dignidade humana" em termos de imigração, "mais condições de reinstalação" em todos os países da UE, aumento do apoio face aos países de origem e de trânsito para "enfrentar as causas profundas da migração", e aumento da cooperação entre as diversas nações "para garantir o regresso rápido, em condições dignas" dos migrantes que não podem habitar legalmente nos países onde vivem atualmente.

Só este ano, mais de 1.700 imigrantes morreram no Mediterrâneo quando tentavam a travessia em direção à Europa.

Criada em 2008, a União para o Mediterrâneo integra os 28 países da UE e outros 15 da bacia do Mediterrâneo (como Marrocos, Turquia, Israel e Jordânia), assim como a Autoridade Palestiniana.

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