Nos próximos dias 28 e 29 de novembro vai realizar-se uma nova campanha do Banco Alimentar (BA). Com esse pretexto, o Jornal de Notícias entrevistou Isabel Jonet para uma apreciação daquilo que mudou nos últimos anos.
Isabel Jonet lembra que “nós [portugueses] temos uma retoma que é ainda muito frágil, não chegou às famílias”. Ainda assim, a presidente do Banco Alimentar considera que nos próximos anos os cidadãos “poderão voltar a respirar, porque há mais investimento e mais emprego”. Porém, “as pessoas interiorizaram que nunca mais terão a vida que tinham”, lamenta.
Recordando as declarações proferidas outrora, sobre o facto de as famílias viverem “acima das possibilidades”, Isabel Jonet muda o tom das declarações, dizendo apenas que continuam a haver “muitas famílias sobre endividadas e com ordenado penhorado, por dívidas à banca, ao Fisco, à Segurança Social, porque havia a noção de que podíamos pagar depois”.
A responsável falou também sobre a realidade atual dos Bancos Alimentares, que diz estarem “a ajudar mais pessoas” do que em 2011, muito graças ao facto de “haver mais pedidos” do que nessa mesma altura.
Isabel Jonet não termina a entrevista sem antes lembrar o papel do Estado nos próximos tempos, que “não pode nunca demitir-se do seu papel que é garantir direitos. As pessoas têm o direito à vida digna”.