Combustíveis: Cortes preocupam GNR, PSP não será tão afetada

Associação Socioprofissional Independente da Guarda (ASPIG) e Associação Sindical de Profissionais de Polícia (ASPP/PSP) comentam, em declarações ao Notícias ao Minuto, redução nas verbas do Ministério da Administração Interna.

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Anabela de Sousa Dantas
11/02/2016 08:05 ‧ 11/02/2016 por Anabela de Sousa Dantas

País

OE2016

Os militares da GNR e os agentes da PSP vão, este ano, mais uma vez, enfrentar cortes agressivos. Uma das reduções previstas do Orçamento do Estado para 2016 prende-se com a dotação para combustíveis, integrada nos cortes aos serviços integrados do Ministério da Administração Interna (MAI).

José Alho, da Associação Socioprofissional Independente da Guarda (ASPIG), indicou, em declarações ao Notícias ao Minuto, que o decréscimo na verba atribuída à GNR “é preocupante”. “Embora as associações não se possam meter na atividade operacional, é importante [falar disto] por causa do policiamento de proximidade, ou seja, para se fazer um policiamento de proximidade tem de se fazer muitos quilómetros”, frisou.

O responsável diz que não se trata apenas das patrulhas territoriais e de trânsito, mas também das lanchas: "gastam muito gasóleo e temos mil quilómetros de costa marítima”.

“É um decréscimo muito grande e preocupa-nos. Uma patrulha quer deslocar-se a uma aldeia, no interior do país e não pode porque não tem combustível”, alerta José Alho.

Por seu turno, Paulo Rodrigues, presidente da Associação Sindical de Profissionais de Polícia (ASPP/PSP), esclareceu que o impacto, a esse nível, na PSP não será tão expressivo.

“Relativamente ao Orçamento, o que foi dito [na reunião com a ministra] foi que apesar de haver uma diminuição de 0,2% [de verbas] no Ministério da Administração Interna, na PSP não se iria verificar essa redução, de qualquer forma o que [a ministra] disse é que este é um Orçamento ainda em discussão”, esclareceu, contrapondo até que se falou na “possibilidade de vir a aumentar o orçamento da PSP”.

“Não nos garantiu nada mas disse que havia essa possibilidade, ou seja, nunca reduzir, a haver alterações seria para aumentar”, adiantou Paulo Rodrigues.

José Alho explicou, neste sentido, que a  PSP "é muito diferente da GNR”. “Nós temos 94% do território nacional, não tem nada a ver com a PSP. Qualquer variação em termos percentuais é pequena para a polícia”, indicou.

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