Trabalhadores da Randstad contra "aumento de um euro"

Trabalhadores da empresa parceira da EDP manifestam-se contra a precariedade dos contratos de trabalho, alguns deles, "congelados nos 500 euros".

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João Oliveira
20/06/2016 11:52 ‧ 20/06/2016 por João Oliveira

País

Lisboa

Decorre, esta manhã, uma manifestação dos trabalhadores da Randstad, uma empresa que presta serviço à EDP, que exigem o fim da precariedade dos contratos de trabalho que dizem estar “congelados nos 500 euros”.

Visto que as negociações entre a empresa e o sindicato têm saído frustradas, os funcionários decidiram manifestar-se à porta da Randstad, na Avenida da República, na esperança “que alguém os ouça”.

O Notícias ao Minuto está no local e conheceu casos de trabalhadores, com mais de três anos de casa, que chegam a pedir “esmolas” como “o aumento de um euro do terceiro escalão”. “É a esmola perante o trabalho que temos. E tendo em conta que a empresa consegue aumentar mais do que um euro, estamos aqui a pedir-lhes que o façam”, diz um funcionário da Randstad presente no protesto.  

O sindicato, também presente na manifestação, afirma que a empresa tem aumentado os lucros mas que o dinheiro acaba “distribuido pelos accionistas”.

"As empresas, quer a Randstad quer a EDP, triplicaram os lucros mas distribuem-nos pelos acionistas. O último aumento salarial foi em 2012, cerca de oito euros. Desde aí, temos reivindicado aumentos salariais de um euro por dia. Após reuniões com os sindicatos, a empresa decidiu na sexta-feira aumentar um euro mensal a esmagadora maioria dos trabalhadores. E o que eles vêm aqui reclamar é o aumento não de um euro mensal mas sim de um euro/dia. Estamos aqui pela dignidade e contra a precariedade. Salários a rondar o rendimento mínimo não são dignos para viver e construir família", descreve Anna Romão, do Sindicato das Indústrias Elétricas do Sul e Ilhas (SIESI), em declarações ao Notícias ao Minuto.

Devido à manifestação, o trânsito está neste momento cortado numa das vias no sentido Saldanha-Entrecampos. Espera-se que atendam à manifestação um total de 1500 funcionários.

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