Agora, sim, é oficial. Após um longo processo de votações, António Guterres foi esta tarde indicado por unanimidade e aclamação sucessor de Ban Ki-moon como secretário-geral das Nações Unidas, após a votação formal do Conselho de Segurança da ONU.
"O Conselho de Segurança recomenda à Assembleia-Geral que o senhor António Guterres seja designado como secretário-geral das Nações Unidas, entre 1 de janeiro de 2017 e 31 de dezembro de 2021", afirma a recomendação do órgão decisório da ONU, aprovada por aclamação.
A decisão foi anunciada aos jornalistas pelo o embaixador da Rússia, Vitaly Churkin, que assume este mês a presidência rotativa do Conselho de Segurança.
Para o processo estar concluído, falta apenas a votação decisiva da Assembleia-Geral da ONU, que, tudo indica, decorrerá já na próxima semana. Por norma, este órgão ratifica o nome recomendado pelo Conselho de Segurança.
O regulamento da ONU sugere uma votação à porta-fechada, mas isso não acontece desde 1971. O organismo tem optado por aprovar o nome do novo secretário-geral por aclamação.
Saliente-se que este desfecho já era praticamente certo, depois de ontem o português ter vencido a sexta votação informal do Conselho de Segurança das Nações Unidas, em Nova Iorque, sem ter recolhido qualquer veto.
Já nas primeiras cinco votações, Guterres vencera destacado, sendo o único a ultrapassar o mínimo de nove apoios. Ainda, assim teve sempre entre dois e três votos de desencorajamento.
Porém, na semana passada, depois da entrada na corrida de Kristalina Georgieva, e de a Rússia ter anunciado o seu apoio à candidata búlgara, temeu-se que as votações sofressem um revés.
Isso não veio, no entanto, a acontecer, tornando ainda mais claro que Guterres era o preferido a assumir o lugar.
Agora, e após quase dez anos de liderança de Ban Ki-Moon, é um português o mais alto funcionário das Organização das Nações Unidas, responsável por assegurar a paz e segurança internacional.
[Notícia atualizada às 16h10]