Entre as medidas introduzidas no Orçamento do Estado para o próximo ano incluiu-se uma maior tributação de refrigerantes.
Em causa está uma medida que ganhou a alcunha de ‘fat tax’ e que visa refrigerantes e bebidas pouco alcoólicas com açúcar ou adoçantes que ficam mais caras.
Em comunicado, a FIPA – Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares diz que estamos perante “um imposto discriminatório, populista e sem qualquer efeito comprovado ao nível da saúde pública”. A FIPA vai mesmo mais longe, acusando o Governo de trocar “compromissos em prol da saúde por receita fiscal”, realçando ainda o seu “profundo descontentamento pela forma como o Governo desvalorizou o caminho de diálogo já iniciado”.
A FIPA acusa ainda o Executivo de procurar “apenas aumentar a receita fiscal à custa das empresas, em sacrifício da sua competitividade e em detrimento de compromissos em prol da saúde pública”, queixando-se de que a medida surge após “meses” de trabalho “numa proposta “consistente”, em linha com o “que a indústria tem vindo a fazer, com vista à adequação dos seus produtos aos atuais estilos de vida e às preocupações com os vários fatores de risco para a saúde”.