A campanha para as eleições presidenciais dos Estados Unidos já teve fim e os resultados desta terça-feira ditarão quem será o próximo ocupante da Casa Branca. Numa corrida controversa e repleta de polémicas, os dois principais candidatos aparecem separados por poucos pontos percentuais, sendo que Hillary surge à frente nas intenções de votos.
Grande parte dos emigrantes portugueses vive nos EUA, já que este é um dos países que mais lusos acolhe. Desta forma, o Notícias ao Minuto foi tentar perceber quais as intenções de voto destas pessoas.
Apesar de terem uma ligação ao país que os une, as opiniões entre aqueles que vão votar no partido Republicano e Democrata dividem-se. Há quem vá dar um voto de confiança a Trump, há quem opte por Clinton e há quem esteja desiludido e prefira não ir às urnas.
Jennifer Marques tem 32 anos, vive em Nova Jérsia, é filha de pais portugueses e já nasceu nos Estados Unidos, nunca esquecendo as origens e visitando Portugal pelo menos uma vez por ano.
Em relação aos candidatos que estão a disputar um lugar na Casa Branca, Jennifer disse ao Notícias ao Minuto que “nem um nem outro são apropriados para serem presidentes”.
“Esta eleição é a mais controversa de sempre e acho que perderam o ponto de melhorar o país, [tendo passado a ser] uma guerra pessoal”. Quanto a Trump, a portuguesa considera que “é mais radical”, já Hillary é “tradicional” e quer ser um símbolo para as mulheres. No entanto, na opinião de Jennifer, “não é um símbolo para as mulheres da nova geração”.
Depois de ponderar, a portuguesa explicou que vai votar em Donald Trump. “Eu tenho tendência para as ideias republicanas. Não acho que tudo o que Trump tem dito e feito seja bom, mas acho que ele é diferente. Gostava de votar para eleger a primeira mulher presidente, porque acho importante e acredito nas mulheres, mas Hillary não é representante disso”, realçou.
Também Cristina Mitchell, de 44 anos, vive nos Estados Unidos e gostaria que “houvesse outra escolha de candidatos”. Contudo, entre “um destes dois”, optará por votar em Hillary Clinton, que acredita ter mais experiência no campo político.
“Acredito em todas as acusações sobre Trump, pois sempre subvalorizou as mulheres, isto já vem de há alguns anos, não é só de agora”, justificou.
“Espero que Hillary chegue a ser presidente, e espero que ela consiga mudar este país para melhor. Não é fácil tentar fazer o que os candidatos dizem que vão fazer, pois o Congresso é que manda”, acrescentou.
Tony Conchinha é português, reside nos Estados Unidos desde que nasceu, neste momento em Massachusetts, e crê que as pessoas são mais adeptas de Trump por este apresentar propostas novas, já que as pessoas “querem mudança”, enquanto acredita que com Hillary vão vingar as mesmas teorias “velhas”.
Apesar disso, não gosta de “nenhum dos candidatos” e, “pela primeira vez desde que fez 18 anos”, não irá às urnas. Na sua opinião as pessoas estão a esquecer-se dos candidatos e a votar apenas nos partidos em causa.
“No fundo, nada vai realmente mudar. Acho que é por isso que as pessoas gostam de Trump, porque não apresenta apenas coisas velhas”.
“Há tantas pessoas inteligentes neste país e nenhuma é candidata”, concluiu.