O relançamento do concurso de construção da designada Linha Violeta é da responsabilidade do Metropolitano de Lisboa e será assinalado numa cerimónia presidida pelo ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz.
No primeiro concurso para a Linha Violeta, no ano passado, as propostas apresentadas pela Zagope e pelo consórcio da Mota-Engil foram exluídas por excederem o preço base, que era de 450 milhões de euros.
Contudo, já em março deste ano, o Conselho de Ministros aprovou uma proposta que permite o reforço do financiamento da Linha Violeta em 150 milhões de euros ao custo total do investimento, permitindo o aumento de cerca de 28% do valor da empreitada, num valor base de 600 milhões de euros.
Em declarações à Lusa, o presidente da Câmara Municipal de Loures, Ricardo Leão (PS), manifestou-se confiante no sucesso do novo concurso público, sublinhando o facto de prever o reforço de verbas e um menor tempo expectável de resposta dos concorrentes.
"O tempo de resposta do concurso é muito mais diminuto do que no ano anterior, uma vez que o mercado já conhece as propostas. Portanto, o tempo de resposta é de 45 dias", adiantou o autarca.
Ainda segundo Ricardo Leão, tendo por base as fases de concurso e do visto do Tribunal de Contas, a obra poderá ter inicio no final deste ano e ficar concluída em 2029.
O financiamento da Linha Violeta do Metro de Lisboa, anteriormente previsto com fundos do Plano de Recuperação e Resiliência, vai passar pelo Banco Europeu do Investimento, Orçamento do Estado e Fundo Ambiental.
A Linha Violeta, com 11,5 km de extensão, contempla 17 estações: nove no concelho de Loures (que servirão as freguesias de Loures, Santo António dos Cavaleiros e Frielas, numa extensão de cerca de 6,4 quilómetros) e oito no concelho de Odivelas (para servir as freguesias de Póvoa de Santo Adrião e Olival de Basto, Odivelas, Ramada e Caneças), numa extensão total de cerca de 5,1 quilómetros.
As estações terão diferentes tipologias, sendo 12 de superfície, três subterrâneas e duas em trincheira.
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