Soares "fazia História mesmo quando nos recusávamos a reconhecê-lo"

Um "construtor de portugalidade", assim foi evocado Mário Soares nas palavras do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa.

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Carolina Rico
10/01/2017 14:04 ‧ 10/01/2017 por Carolina Rico

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Presidente Marcelo

Coube ao chefe de Estado Marcelo Rebelo de Sousa o discurso de encerramento da cerimónia fúnebre de Mário Soares nos claustros do Mosteiro dos Jerónimos.

O Presidente da República evocou Mário Soares como um “homem que fez história, sabendo que a fazia mesmo quando nós nos recusávamos a reconhecê-lo”, um "construtor de portugalidade".

Portugal era “princípio e fim de um percurso que para Soares era um desígnio”. Para o homenagear "aqui viemos, com uma saudade feita futuro”.

Em nome de todos os portugueses, Marcelo agradeceu a "ilimitada coragem e liberdade" de Mário Soares, características “partilhadas com a sua companheira de vida inspiradora, Maria de Jesus”.

Para descrever a vida de Soares, o Presidente da República socorreu-se ainda das palavras de Alexandre O’Neill, Sophia de Mello Breyner Andresen e Ricardo Reis, heterónimo de Fernando Pessoa:

“Para ser grande, sê inteiro/ Nada teu exagera ou exclui/ Sê todo em cada coisa/ Põe quanto és. No mínimo que fazes", citou, como aquele que podia ter sido "lema de vida" do antigo Presidente.

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