Coube ao chefe de Estado Marcelo Rebelo de Sousa o discurso de encerramento da cerimónia fúnebre de Mário Soares nos claustros do Mosteiro dos Jerónimos.
O Presidente da República evocou Mário Soares como um “homem que fez história, sabendo que a fazia mesmo quando nós nos recusávamos a reconhecê-lo”, um "construtor de portugalidade".
Portugal era “princípio e fim de um percurso que para Soares era um desígnio”. Para o homenagear "aqui viemos, com uma saudade feita futuro”.
Em nome de todos os portugueses, Marcelo agradeceu a "ilimitada coragem e liberdade" de Mário Soares, características “partilhadas com a sua companheira de vida inspiradora, Maria de Jesus”.
Para descrever a vida de Soares, o Presidente da República socorreu-se ainda das palavras de Alexandre O’Neill, Sophia de Mello Breyner Andresen e Ricardo Reis, heterónimo de Fernando Pessoa:
“Para ser grande, sê inteiro/ Nada teu exagera ou exclui/ Sê todo em cada coisa/ Põe quanto és. No mínimo que fazes", citou, como aquele que podia ter sido "lema de vida" do antigo Presidente.