O voto de pesar foi apresentado por iniciativa do PS, mas todos os partidos presentes na sessão extraordinária quiseram, quer através de intervenções, quer na votação, associar-se a "uma homenagem" que culminou num minuto de silêncio.
Na apresentação do voto de pesar Rodrigo Oliveira (PS) apontou que "qualquer coisa que fosse dita seria pequenina perante a figura impar de Mário Soares" e vincou a recomendação à câmara presidida pelo independente Rui Moreira de atribuir o nome do antigo chefe de Estado "a uma rua ou praça" do concelho.
Já Artur Ribeiro (CDU) recordou que "os comunistas estiveram muitas vezes contra as opiniões de Mário Soares, mas também muitas vezes ao seu lado nas lutas".
Pelo movimento independente "Rui Moreira: Porto, Nosso Partido", António Cardoso afirmou: "Sendo a cidade do Porto a capital da Liberdade, o testemunho de vida de Mário Soares, que dedicou a sua vida à Democracia, é importante e os portuenses ficarão orgulhosos por ter uma praça ou rua com o seu nome".
Luís Artur (PSD) salientou que Mário Soares "tem com certeza um lugar na história de Portugal".
E, por fim, o Bloco de Esquerda, através do deputado José Castro, realçou o percurso e postura de Mário Soares face à União Europeia.
As intervenções e o minuto de silêncio também incluíram referências ao presidente da câmara de Matosinhos Guilherme Pinto e ao clínico e cientista Daniel Serrão, que também morreram recentemente, sendo que o PS apresentou o voto sobre o autarca matosinhense, enquanto o documento sobre o médico foi fruto da junção de votos redigidos pelo movimento independente e pelo PSD.