Numa mensagem colocada na página de internet da presidência, Marcelo Rebelo de Sousa congratula-se com a "merecida distinção" que é o "prestigiado prémio Jan Czochralski 2017", que Elvira Fortunato recebeu da Academia Polaca de Ciências e da Sociedade Europeia de Investigação de Materiais.
Diretora do Centro de Investigação em Materiais, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, Elvira Fortunato criou o transístor de papel: o papel é usado como material de eletrónica, barato e reciclável, podendo ser aplicado em embalagens de medicamentos e alimentos, ou mesmo em bilhetes de avião.
O laboratório da cientista também inventou um teste rápido, feito igualmente com papel de fotocópia, para detetar a presença de uma bactéria que vive em lamas e sedimentos, a "Geobacter sulfurreducens", que pode ser utilizada na produção de energia.
O Prémio Czochralski, instituído desde 2005, deve o seu nome ao químico polaco Jan Czochralski (1885-1953). O cientista ficou conhecido pelo "processo Czochralski", método de cultura de cristais, nomeadamente de silício, e que constitui a base da indústria eletrónica moderna.
O galardão vai ser entregue a Elvira Fortunato durante o congresso anual de outono da Sociedade Europeia de Investigação de Materiais.