De Portugal para Mossul, médico leva palavras de "esperança" na bagagem
Médico português vai em missão da Médicos Sem Fronteiras.
© Reuters
País Gustavo Carona
A ascensão do autoproclamado Estado Islâmico deixou marcas que mudaram a Síria e o Iraque.
No norte do Iraque, há uma cidade em particular que foi durante os últimos anos um dos bastiões dos jihadistas e onde o número de mortos e desalojados não parou de aumentar. Falamos de Mossul, cidade que continua a ser palco de confrontos, agora que as tropas iraquianas estão a reconquistar território aos jihadistas.
Pelo meio, a guerra trouxe destruição e miséria a centenas de milhares de pessoas.
Gustavo Carona é um médico do Porto que trabalha com os Médicos Sem Fronteiras e que está prestes a partir para Mossul. O médico, no entanto, leva na bagagem mais do que a mala de médico: Gustavo Carona quer levar palavras de esperança.
Até ao último domingo, esteve a recolher através das redes sociais cartas de portugueses para a população que, naquela cidade, mais tem vivido com o conflito.
O objetivo passa por fazer destas cartas de “esperança” um livro, que será traduzido para que os destinatários possam ler o que lhes escreveram. “Desta vez a missão, terá também um projecto que se transformou num livro prestes a ser editado”, como explicou o próprio na sua página no Facebook.
“Esta população tem sofrido atrocidades inimagináveis” e o que o médico quer, explica o próprio num vídeo que publicou, “é compilar um livro repleto de mensagens de portugueses em que, desta pequena forma simbólica, mostrássemos que não somos indiferentes”.
Até ao final do último domingo, saliente-se, o médico havia já recebido pelo menos 150 mensagens destinadas a habitantes de Mossul.
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