Portugal faz história na Eurovisão. Salvador é o novo herói nacional

Quando, em março, Salvador Sobral foi eleito para representar Portugal na Eurovisão, em Kiev, o Notícias ao Minuto referiu-se a ele como o 'patinho feio' que prometia brilhar no concurso. As previsões confirmaram-se e o 'sapo' virou 'príncipe', como se a participação de Salvador se tratasse de uma verdadeira história da Disney, em que o seu próprio tema 'Amar pelos Dois' poderia ser a banda sonora perfeita.

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Andrea Pinto
14/05/2017 08:20 ‧ 14/05/2017 por Andrea Pinto

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A história de Salvador Sobral na Eurovisão, pode dizer-se, é como a história do sapo que virou príncipe. O jovem de 27 anos, que muitos duvidaram ter o que era necessário para vencer um concurso como a Eurovisão, mostrou-se indiferente às críticas, e com o seu jeito leve e descontraído, subiu ontem ao palco, em Kiev, para representar as cores da bandeira nacional.

Salvador, que entretanto conquistara não só os portugueses como toda a Europa, confirmou a preferência que lhe foi dadas nas estatísticas, arrecadou 758 pontos – 18 países deram pontuação máxima a Portugal – e ‘calou’ assim todos aqueles que duvidaram que o tema ‘Amar pelos Dois’ seria incapaz de vencer um festival como a Eurovisão.

O país rendeu-se a seus pés, tal como fez com Éder no ano passado com a conquista do Europeu de futebol, e há já quem diga que Salvador Sobral é um “herói nacional”.

O jovem foge a essa conotação e, no final do concurso, afirmou que "nunca quis saber dos votos, só quis cantar uma canção bonita como ela é".

"Só quero viver uma vida sossegada. Espero que isso possa acontecer, tenho a certeza que sim. Talvez no princípio seja um pouco agitado. Se pensasse em mim como um herói nacional seria um pouco estranho", afirmou na conferência de imprensa que se realizou no final do concurso.

Salvador Sobral poderá, quiçá, em breve, retomar a sua vida normal, contudo jamais será esquecido o momento único e histórico que protagonizou e que já lhe vale elogios até das mais ilustres figuras da cultura nacional.

Simone de Oliveira, por exemplo, afirmou estar “felicíssima […] por Portugal, pela música ligeira portuguesa” e disse que é preciso que as pessoas passem “a perceber que é preciso haver melodia, que é preciso haver palavras e que é preciso haver sensibilidade, é preciso cantar bem".

Também Paulo de Carvalho considerou Salvador “um excelente músico” e considerou a música é “séria, bem feita, feita com amor” e que “escapa a quem faz o negócio”.

“Simplicidade” é o termo usado, por sua vez, pela irmã do cantor e autora do tema, Luísa Sobral, que foi quem esteve sempre ao lado de Salvador em todo o processo.

O seu tema 'Amar pelos Dois', uma melodia que a crítica diz ser um jazz com 'cheirinho' a Disney, levou Salvador onde nenhum outro português havia chegado e devolveu aos portugueses o entusiasmo por um festival que estava a ser esquecido, de ano para ano.

Hoje, os portugueses tem apenas uma palavra a dar ao cantor: "Obrigado!".

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