"Sentia-me sozinha". A confissão de uma vítima portuguesa da Baleia Azul
A primeira vítima portuguesa do jogo que incita jovens a suicidar-se dá a cara para explicar as suas motivações como forma de alerta.
© RTP
País Suicídios
Irina Kornutyi tem 18 anos e foi socorrida com ferimentos graves depois de se atirar para a linha do comboio, em Albufeira. A jovem de ascendência ucraniana foi apontada como a primeira vítima do jogo Baleia Azul.
À RTP – numa entrevista que será transmitida na íntegra esta noite, no programa Sexta às 9 – a adolescente revelou o que a motivou a jogar o ‘jogo da morte’ e deu um conselho aos pais de adolescentes.
“Eu sentia-me sozinha, parecia que na altura não tinha ninguém para conversar”, afirmou Irina Kornutyi, admitindo ter tido conhecimento do jogo através de noticiários televisivos russos. “Estive a procurar no Facebook, mas não encontrei um curador verdadeiro, então fui procurar noutra rede social, a VKontakte”, acrescentou.
A Vkontakte é uma rede social russa e é aquela em que terá proliferado o jogo que incita essencialmente adolescentes a cumprir uma série de 50 desafios que culminam no suicídio.
Irina cumpriu apenas as três primeiras regras que lhe foram impostas por um curador antes de se atirar à linha ferroviária e de dar entrada no hospital. Sobre o curador, assume tratar-se de um cidadão brasileiro que lhe dava ordens via chat e a quem a jovem enviava os vídeos a comprovar a automutilação a que se havia sujeitado.
Questionada pela RTP sobre a possibilidade de aconselhar os familiares de outros jovens que se possam ter envolvido no jogo, Irina Kornutyi respondeu: “Dizia-lhes para os pais darem mais atenção e mais carinho aos filhos. Era uma coisa que eu gostava de ter”.
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