Uma jovem de 14 anos foi mortalmente colhida por um comboio na estação de Braço de Prata, em Lisboa.
O acidente ocorreu na segunda-feira, mas só hoje, revela o programa da RTP ‘Sexta às 9’, foram conhecidos os contornos da tragédia.
Afinal, não se tratou de um acidente. A adolescente suicidou-se e a autópsia, revela a RTP, garante que a jovem tinha sinais de automutilação compatíveis com os desafios que o jogo da 'Baleia Azul' estabelece.
Ainda segundo o noticiado no programa ‘Sexta às 9’, a família da menor garante que havia pedido ajuda à Comissão da Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) e ao Hospital D. Estefânia, mas que nenhuma das instituições levou a sério o problema.
Questionados pela RTP, a CPCJ confirmou que estava a acompanhar a situação, mas frisou que o fazia há pouco tempo. Já o Hospital preferiu não comentar o caso.
“Se tivessem ajudado logo, a menina não tinha feito o que fez. Mas não teve ajuda nenhuma. Só depois de ter acontecido perguntaram-me se eu precisava de ajuda, mas eu disse que não. Ela já não estava comigo, não precisava de ajuda nenhuma”, contou à RTP a tia da jovem.
A mesma fonte, que preferiu não mostrar a cara, acrescentou que, no dia da tragédia, uma colega da adolescente ligou-lhe, pois estava preocupada, uma vez que a jovem não havia ido às aulas. Nessa mesma conversa, a colega de escola revelou que a vítima tinha uma curadora que “não era má”, pois não dizia à menor para se matar, dizia apenas para “fazer mal a ela própria”.
A tia da adolescente contou ainda que após a tragédia foi buscar os pertences da sobrinha ao local do acidente, tendo encontrado um desenho de uma baleia e uma navalha com sangue.