O ministro das Finanças garantiu na segunda-feira, numa entrevista dada à Antena 1, que não haverá aumento de salários na Função Pública até ao final da legislatura, frisando que o que está previsto no “programa do Governo é o descongelamento das carreiras”.
Quem não gostou do que ouviu foi a Frente Comum que, num comunicado enviado hoje às redações, já fez saber que não está de acordo com o que está decidido pelo Executivo liderado por António Costa.
Lembrando que “há mais de 10 anos que os trabalhadores da Administração Pública não vislumbram qualquer aumento salarial, além de terem as suas carreiras congeladas”, a Frente Comum “expressa o seu mais profundo desacordo e repúdio pela opção de, mais uma vez, estar em perspetiva a penalização” destes funcionários públicos.
E ataca Mário Centeno: “O poder de compra dos trabalhadores da Administração Pública caiu mais de 11% na última década devido ao congelamento de salários e progressões, havendo mesmo situações de trabalhadores que em outubro de 2016 (mês em que o corte salarial ficou totalmente revertido) continuam a receber menos do que recebiam em 2010 por causa do agravamento do IRS que Mário Centeno afirma não alterar”.
E nesta senda, o sindicato lembra que, ao mesmo tempo, que “se continua a adiar a melhoria das condições de vida dos trabalhadores, o Governo prevê gastar 47.604,9 milhões de euros com o pagamento de juros da dívida pública”.
Por tudo isto, a Frente Comum “exige a atualização urgente dos salários e o descongelamento de todas as carreiras, para todos e ao mesmo tempo, de forma imediata e a efetivar já este ano”.