O corte de circulação vai durar por tempo indeterminado, até à conclusão das operações de rescaldo. Inclui o acesso à autoestrada A17 a partir da rotunda do Seixo de Mira (no limite norte do concelho).
A autoestrada vai continuar aberta, apesar da proximidade do Polo I da zona industrial, "que será evacuada", segundo disse à agência Lusa o presidente da Câmara de Mira, Raul Almeida.
A decisão de cortar o trânsito na movimentada EN109 foi tomada após uma vistoria à zona industrial feita por uma equipa especializada dos Bombeiros Sapadores de Coimbra.
O objetivo inicial era avaliar a toxicidade dos fumos do incêndio na zona industrial, que está a ser alimentado por matéria-prima altamente inflamável (plásticos), "cascalha" (casca de pinheiros) e material orgânico de uma das sete fábricas devastadas pelo incêndio de domingo.
Porém, os sapadores encontraram entre os escombros equipamento potencialmente explosivo e avançaram, por cautela, com o corte de circulação.
A decisão foi tomada durante uma reunião no Posto Móvel da Proteção Civil Municipal de Mira, instalado provisoriamente nas imediações da zona industrial, em que participaram técnicos do vizinho concelho de Vagos, uma vez que o corte ocorrerá na divisão entre os distritos de Aveiro e Coimbra.
A EN109 é uma das mais movimentadas do país no troço Aveiro-Leiria, cruzando o centro da cidade de Ílhavo e das vilas de Vagos e Mira.