O DCIAP A já deu a conhecer alguns dos que participaram na operação Furacão, um esquema de fraude fiscal, que lesou, entre 2001 e 2007, o Estado em cerca de 40 milhões de euros.
Segundo a acusação, da lista de 30 arguidos fazem parte um consultor, que era o cabecilha da rede, seis advogados e dois consultores, os cúmplices, um ex-administrador e dois ex-directores do Finibanco, que disponibilizavam o serviço aos clientes do banco para pagarem menos impostos e ainda seis empresas e 14 aderentes individuais.
O esquema era simples: as empresas portuguesas enviavam dinheiro para a Irlanda e Reino Unido, que posteriormente era colocado em zonas ‘offshore’ (sem ter que ser submetido a impostos).
Entre os envolvidos está a actriz Marina Mota, que pode ter desviado cerca de 980 mil euros de IRS, IRC e IVA que não pagou, assim como a sua produtora.
O Ministério Público (MP), para além da responsabilização penal, quer que os acusados paguem um total de 28 milhões de euros ao Estado.
Embora o DCIAP tenha proferido esta setença há cerca de um mês, os arguidos podem agora constestar a decisão e pedir a abertura do processo de instrução.