Para Joaquim Jorge, Marcelo Rebelo de Sousa “continua, no seu estilo, a fomentar o seu magistério de influência e a condicionar o futuro político”.
Este comentário vem a propósito da entrevista do chefe de Estado, na qual disse que não se recandidatará caso este verão seja sinónimo de tragédia com os incêndios como foi o do ano passado.
Embora considere como um “cenário inverosímil” que tal possa acontecer novamente, Joaquim Jorge considera também que as declarações do Presidente “condicionam a ação do Governo, que tem que fazer pela vida”.
Por esta razão, o fundador do Clube dos Pensadores afirma que Marcelo “consegue fazer uma coisa notável na democracia portuguesa: governa sem fazer parte do Governo”.
Embora os incêndios sejam uma “calamidade”, Joaquim Jorge diz que também a corrupção o é, sendo necessário a “Justiça mudar de paradigma”.
“Mas parece que a mudança não interessa a toda a gente”, atira, defendendo uma “continuidade da reforma encetada por Paula Teixeira da Cruz” que, pese embora não tenha obtido os “resultados desejados” provocou, ainda assim, uma “evolução” no sistema de justiça.
Para rematar, Joaquim Jorge afirma que “Marcelo Rebelo de Sousa pode e deve dar uma ajuda na Justiça”, pois “há tanta corrupção que quem a combate já não deve chegar para acudir a tantas falcatruas e roubos lesa-pátria”.
