João Semedo reagiu à morte de António Arnaut, conhecido como o pai do Serviço Nacional de Saúde afirmando que a notícia - “na sua injustiça e brutalidade”- o deixou “amargurado, gelado e invadido por um vazio”.
Assinalando não conseguir encontrar “palavras à altura da sua dimensão como cidadão e ser humano nas múltiplas facetas em que a sua riquíssima vida se desdobrou”, João Semedo diz que António Arnaut será para sempre lembrado muito justamente como o ‘pai do SNS’.
“Mas foi muito mais do que isso, foi um insubmisso e permanente lutador pela liberdade, pela igualdade e pela justiça social, um incansável combatente pelos valores da República, da esquerda e do socialismo”, elogia o bloquista, acrescentando, por fim: “Morreu o homem, guardemos a memória do seu exemplo e saibamos ser dignos dele”.
António Arnaut, advogado, nasceu na Cumeeira, Penela, distrito de Coimbra, em 28 de janeiro de 1936, e estava internado nos hospitais da Universidade de Coimbra. Presidente honorário do PS desde 2016, António Arnaut foi ministro dos Assuntos Sociais no II Governo Constitucional, Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano e foi agraciado com o grau de Grande-Oficial da Ordem da Liberdade e com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade.
Poeta e escritor, António Arnaut envolveu-se desde jovem na oposição ao Estado Novo e participou na comissão distrital de Coimbra da candidatura presidencial de Humberto Delgado.