PSD e CDS põem "máscara" para "bramar" contra Estado, diz PCP

O secretário-geral do PCP criticou hoje o PSD e o CDS-PP por, após "anos e anos nos governos", colocarem agora "a máscara da farsa" e do "descaramento" e virem "bramar" acerca de alegadas falhas do Estado.

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Lusa
05/01/2019 17:57 ‧ 05/01/2019 por Lusa

Política

Jerónimo de Sousa

Segundo o líder do PCP, Jerónimo de Sousa, "hoje há por aí quem, depois de anos e anos" nos governos do país, "venha agora bramar, como faz o PSD e o CDS, a cada previsível dificuldade e até calamidade, como dos incêndios, que o Estado falhou".

Estes partidos colocam "a máscara da farsa, do descaramento", mas, antes, "andaram a destruir, a encerrar" e "a promover cortes atrás de cortes em serviços essenciais do Estado", promovendo "a sua concentração" e "liquidando serviços próximos das populações", reforçou o secretário-geral comunista, num almoço convívio em Vidigueira (Beja).

"São os mesmos que, ainda há quatro anos, se apresentavam e davam curso à ofensiva brutal, em nome de uma alegada necessidade dos cortes da 'gordura' do Estado", argumentou.

O objetivo destes partidos, que "se apresentam agora com um ar de falsa indignação", continuou, visava "executar o seu verdadeiro programa", assente na "reconfiguração do Estado no Estado mínimo, cada vez mais curto" e "debilitado nas funções que servem as populações e garantem os seus direitos".

"Fizeram o mal e, agora, querem fazer a 'caramunha'. O desplante é tal que falam do Estado 'preso por arames', como se não tivessem sido eles próprios os que mais deixaram a vida das pessoas 'presa por arames'", acusou Jerónimo de Sousa, na intervenção na vila alentejana, perante militantes e simpatizantes do PCP.

Para o líder comunista, "o que falhou não foi o Estado", mas sim "quem, em seu nome, executou políticas que debilitaram o país", ou seja, os partidos que estiveram nos governos, PS incluído.

"O Estado tem as 'costas largas', mas foi com os governos do PS, do PSD e do CDS que chegámos onde chegámos. O que falhou foram os sucessivos governos, com as sucessivas políticas de desinvestimento nos serviços públicos, nas funções sociais do Estado, no mundo rural, no abandono do interior, na alienação dos recursos naturais", argumentou.

Os portugueses "têm razões para desconfiar desses falsos amigos de um Estado ao serviço do povo. O que eles querem é um Estado ao serviço dos grandes interesses", afiançou o líder do PCP.

Na intervenção de hoje, Jerónimo de Sousa aproveitou ainda para alertar os militantes e simpatizantes do partido de que este ano, em que vão decorrer eleições europeias e legislativas, vai ser "um tempo de grandes exigências e de grandes escolhas" e "que o povo será confrontado com opções decisivas quanto ao seu futuro".

"Nós [PCP] partiremos para este combate não iludindo dificuldades, mas com confiança", frisou.

 

 

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