"Nós prescindimos todos. Deputado Hugo Soares, já que lançou o desafio o país vai saber. E ainda bem que vai saber. Porque nós vamos e estamos dispostos a prescindir dele. Queremos ver se a bancada do PSD e do CDS e do PS e do PCP estão dispostos a prescindir", disse o líder do Chega, no debate sobre a proposta orçamental.
O líder do Chega respondia ao líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, que disse que o Chega, ao opor-se à reposição dos salários, está a dizer que os políticos "não são dignos de ter o salário por inteiro".
Antes, o social-democrata Hugo Soares acusou também o Chega de "mentir despudoradamente ao país e ao parlamento", afirmando que "não há nenhum aumento dos salários dos políticos" em discussão.
Paulo Núncio, do CDS-PP, perante o anúncio do Chega, disse que o parlamento e o país "ficam à espera que André Ventura e os restantes deputados do Chega apresentem o pedido a prescindir dos 5% do vencimento" e que, caso contrário, "o país fica a saber que a sua palavra não vale nada".
No mesmo debate, Fabian Figueiredo, líder parlamentar do Bloco de Esquerda, anunciou que o partido vai opôr-se à proposta para repôr já o salário dos políticos e os liberais insistiram na defesa da sua proposta para fazer depender o aumento dos vencimentos dos políticos ao salário médio do país, à semelhança do exemplo de outros países europeus.
As propostas para pôr fim ao corte de 5% no vencimento dos políticos vão ser votadas esta tarde, e a líder parlamentar do PS já garantiu que os socialistas vão viabilizar a proposta do PSD para acabar já em 2025 com os cortes de 5% nos vencimentos de titulares de cargos políticos e gestores públicos.
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