"O que grave é que alguém como Neto Moura continue a ser um juiz. Eu acho que, com todo o respeito pela separação de poderes, a magistratura tem de olhar para este caso, porque Neto Moura continuar a produzir as sentenças que tem produzido é um insulto a todos os magistrados deste século", afirmou.
A dirigente do BE falava aos jornalistas, em Amarante, onde hoje se deslocou para tomar uma posição política sobre a construção da barragem de Fridão.
A posição de Catarina Martins sobre Neto Moura acontece na sequência de uma notícia do jornal Expresso, segundo a qual o juiz desembargador se propõe processar, por ofensa à honra, quem fez comentários nos jornais, televisões e redes sociais, às suas recentes decisões sobre casos de violência doméstica.
Ainda a propósito deste caso, a coordenadora do Bloco de Esquerda comentou: "Eu acho que o juiz Neto Moura vai ter de processar a maioria do país, porque neste país as pessoas sabem que a violência doméstica é um crime e as sentenças do juiz Neto Moura tentam legitimar e atenuar a violência doméstica, humilhando mulheres, e isso é inaceitável".
Para a dirigente do BE, "toda esta ideia do processo é absolutamente ridícula", tendo questionado se o magistrado "pretende processar a Conferência Episcopal que já disse que ele não podia utilizar a bíblia para tentar desculpar uma agressão".