João Vasconcelos morreu e a política portuguesa (e não só) está de luto

Presidente da República, primeiro-ministro, ministros, deputados. Ninguém na esfera política ficou indiferente à morte de João Vasconcelos. Estas são as principais reações.

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© Filipe Amorim / Global Imagens

Filipa Matias Pereira
27/03/2019 09:00 ‧ 27/03/2019 por Filipa Matias Pereira

Política

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João Vasconcelos morreu na segunda-feira à noite, aos 43 anos. O ex-secretário de Estado que saiu do Governo em julho de 2017 foi relembrado como um "um construtor sem complexos", "um dos melhores quadros do partido socialista". O "dinâmico" socialista deixa também "a Lisboa do futuro", que ficará "sem um dos seus nomes mais destacados".

Duarte Marques, na publicação na sua página oficial de Facebook, revela que conheceu João Vasconcelos pela paixão por automóveis. E aproveita a oportunidade para, em jeito de homenagem, recordar uma troca de palavras a respeito da sua nomeação para Secretário de Estado da Indústria: "Duarte, vou acrescentar valor à boa herança que recebi na área do empreendedorismo. Não vou reverter, vou acrescentar e tentar fazer ainda melhor. O país precisa de estabilidade de políticas e esta área é crucial".

João Vasconcelos era, nas palavras de Duarte Marques, "um construtor sem complexos! RiP João".

Edite Estrela também assinalou a morte do socialista, recordando que "é nestas alturas" que sente "que as palavras estão gastas".

"A partida do João Vasconcelos é muito cruel". A expressão é de Tiago Barbosa Ribeiro que reagiu à morte do ex-secretário de Estado também na sua página oficial de Facebook. "Parece impossível que tenha acontecido tão cedo e tão prematuramente a alguém que pulsava tanta energia, vida, entusiasmo. Era imparável. Chegava a ser desconcertante na forma como ultrapassava quaisquer problemas e obstáculos. 'Melhor feito do que perfeito', repetia e lembrava".

João Vasconcelos, nas palavras de Tiago Barbosa Ribeiro, "tornou-se num dinâmico e extraordinariamente reconhecido Secretário de Estado, que colocou novos temas na agenda, dinamizou e desburocratizou. Foi sempre um criador".

Já quanto à razão que esteve na base da sua saída do Governo - depois de ter sido constituído arguido no processo que investiga o pagamento pela Galp Energia de viagens, refeições e bilhetes -, o socialista classifica-a como "estúpida, tão pequenina como o país por vezes pode ser, perdeu Portugal".

Por sua vez, Filipe Neto Brandão recorreu a Miguel Torga para recordar o ex-secretário de Estado. "Ao saber da partida inesperada deste homem inteligente, sempre bem-humorado, pujante de vida, multifacetado como poucos e onde a capacidade sempre surpreendente (para mim) de surgir com novas ideias empresariais casava com uma preocupação rara com o bem comum (acabo de reler um ror de mensagens trocadas com ele sobre um seu projeto de mobilização cívica para a limpeza dos oceanos), é impossível não ser assaltado pela ideia da efemeridade da vida e do quão injusta ela pode, por isso mesmo, ser. Outros farão, melhor do que eu, o seu panegírico. Eu tristemente registo apenas que perdi hoje um amigo. Até sempre, João".

A bloquista Joana Mortágua deixou uma mensagem breve de condolências à família e amigos próximos de João Vasconcelos.

Marcelo Rebelo de Sousa, em breves declarações aos jornalistas na terça-feira em Braga, destacou o contributo de João Vasconcelos na viragem para o universo das startups e da economia digital.

A melhor homenagem a João Vasconcelos é, no entendimento de António Costa, é encarar o futuro e os desafios, com o mesmo entusiasmo que tinha o ex-secretário de Estado da Indústria. O primeiro-ministro manifestou na terça-feira "profunda tristeza" pela morte de João Vasconcelos.

Pedro Siza Vieira, ministro Adjunto e da Economia, expressou também profundo pesar pela morte do antigo secretário de Estado da Indústria João Vasconcelos, vítima de morte súbita. Siza Vieira destacou o contributo que João Vasconcelos deu ao empreendedorismo e inovação da economia portuguesa. 

O ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, disse estar "profundamente chocado" com a morte do ex-secretário de Estado João Vasconcelos, destacando a "marca grande" que deixou no país.

O ex-ministro das Infraestruturas Pedro Marques lamentou a morte do ex-secretário de Estado João Vasconcelos que "muito admirava e estimava", lembrando o seu papel de "protagonista da mudança e da digitalização"

Fernando Medina, numa mensagem na rede social Twitter, lamentou a morte do ex-secretário de Estado João Vasconcelos, considerando que "a Lisboa do futuro fica hoje sem um dos seus nomes mais destacados"

O PS expressou o seu "choque e mais profundo pesar" pela "inesperada notícia da morte" de João Vasconcelos, aos 43 anos, o ex-secretário de Estado da Indústria do governo de António Costa e "um dos melhores quadros do partido".

A morte súbida de João Vasconcelos foi igualmente assinalada pelo presidente executivo da Web Summit, Paddy Cosgrave, considerando tratar-se de um governante "verdadeiramente apaixonado" pelas 'startups' e Portugal.

 

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