O Liberdade 2019 começou na quarta-feira à noite, em Castelo de Bode, distrito de Santarém, com uma sessão de abertura intitulada "A nossa luta é internacional", mas é a partir de hoje de manhã e até domingo que decorrem os debates, workshops e festas.
Em antecipação à agência Lusa, Mafalda Escada, da Coordenadora Nacional de Jovens do BE, já tinha adiantado o racismo, as alterações climáticas e a pobreza no século XXI como alguns dos principais temas em debate neste acampamento, cujo programa "é variado porque espelha as lutas que fazem parte do ADN do Bloco".
"Grande parte da participação são pessoas novas, são pessoas muito jovens e pessoas que até agora não tiveram o contacto com o Bloco neste tipo de iniciativas. Ou seja, vai ser um acampamento muito rejuvenescido do ponto de vista da participação", sublinhou então.
Para as 11:30 está marcado o painel intitulado "Bloco: de onde vimos, para onde vamos", que terá como intervenientes Pedro Filipe Soares e a segunda candidata do partido pelo círculo de Coimbra às próximas legislativas, Mariana Garrido.
Da parte da tarde, destaque para o debate "E se fosse com o seu gato? Os direitos dos animais", no qual vão intervir membros do Movimento Santarém Sem Touradas e da Plataforma Anti Transporte de Animais Vivos.
"A classe conta", com o deputado José Soeiro, e um workshop de autodefesa são outros dos momentos de hoje, dia que termina com uma festa "Legal como a imperial".
O racismo será discutido na sexta-feira de manhã, no painel "Portugal não é branco", participando Beatriz Dias, "número três" por Lisboa nas próximas eleições, e Anabela Rodrigues, que foi candidata nas listas do BE nas últimas europeias.
Também na sexta-feira está no centro da discussão a pobreza no século XXI, a questão das drogas e a educação.
Para sábado está marcada a intervenção do fundador e ex-líder do BE, Francisco Louçã sobre "Dividadura", no mesmo dia em que a emergência climática, o feminismo e um debate intitulado "Nem NATO, nem generais, já temos violência a mais".
No domingo de manhã os dois eurodeputados do BE, Marisa Matias e José Gusmão, juntam-se responder à pergunta se "É possível uma União Europeia socialista".
Para o final do dia está marcado um plenário com a coordenadora do BE, Catarina Martins, sob o mote "5 dias de luta toda, e agora?".
"O objetivo é que o acampamento seja o mais democrático possível e, portanto, que toda a gente, sendo militante do Bloco, sendo simpatizante, tendo chegado agora, tenha a possibilidade de discutir coletivamente, com a presença da Catarina Martins, o que é que se fez no acampamento, que pontos são os mais importantes, o que é que as pessoas aprenderam, mas também o que é que as pessoas querem fazer no futuro e como é que querem participar politicamente para atingir esse objetivos que fomos aferindo ao longo do acampamento", detalhou Mafalda Escada.