"Temos uma vacina de iniciação no CDS, que é uma vacina contra sondagens", afirmou, num comentário à sondagem da TSF/JN, divulgada hoje, que coloca o partido com 4,5% das intenções de voto e que, no geral, afasta a possibilidade de a direita formar maioria.
"Estamos a trabalhar acreditando que há muita gente que pensa que faz sentido votar no CDS, porque faz sentido dar força a uma alternativa para o nosso país de centro-direita, que tenha arrojo, que esteja centrada nas pessoas", declarou.
O comício de reentrada política do CDS-PP decorreu na freguesia da Fajã de Ovelha, concelho da Calheta, zona oeste da Madeira, e contou com a participação várias centenas de militantes e simpatizantes.
Assunção Cristas salientou que as prioridades do partido são "libertar" as famílias e as empresas da "maior carga fiscal de sempre" e proporcionar um sistema de saúde de qualidade para todos, bem como estabelecer licenças de parentalidade de um ano e uma rede de cuidadores para os mais idosos.
O objetivo é, disse, fazer com que o país progrida e chegue a "crescimentos a sério", sem pôr em causa as contas públicas.
"Nós sabemos que isto tem efeito benéfico e baixámos o IRS à conta do excedente orçamental que foi ganho pelo esforço de todos os portugueses", afirmou.
A líder centrista propõe também um "território coeso" e promete defender uma "verdadeira continuidade territorial e uma verdadeira coesão social", com "soluções diferentes" para os "territórios mais difíceis", nomeadamente as regiões autónomas e o interior do continente.
Por outro lado, Assunção Crista considerou que é "extraordinariamente importante" para o país, desenvolver um "verdadeiro e efetivo" combate à corrupção.
"Combate à corrupção que outros têm medo, mas nós não temos medo, pelo contrário sabemos que um Estado e uma democracia que se dá ao respeito é aquela que aceita que não pode ter corrupção", disse, sublinhando a necessidade de ter "meios com consistência" ao serviço da Polícia Judiciária e do Ministério Público.
Assunção Cristas sublinhou, por outro lado, que o CDS-PP é "talvez o único partido" do espetro político-partidário nacional que valoriza de forma "séria, profunda, sensata e equilibrada" as áreas relacionadas com a soberania, a justiça, a segurança e com a valorização das forças de segurança, as relações externas e as nossas forças armadas.
"Faz sentido votar no CDS porque temos medidas destinadas às pessoas em todos os momentos da sua vida e porque o país precisa de equilibrar", declarou, vincando que não aceita cenários de maiorias absolutas de um só partido, nem de maiorias de dois terços à esquerda.
"Isso não é próprio de um país que se quer desenvolvido, isso não é próprio de um país que se quer equilibrado, isso não é próprio de um país que faça sentido para todos as pessoas", afirmou.