"O grande compromisso deste país tem de ser subir as pensões mais baixas e tem de ser também o de permitir que aquelas pessoas que vivem em situação de pobreza e que precisam do complemento solidário para idosos possam ter acesso a esse complemento e que o rendimento dos filhos não conte para o acesso ao complemento solidário para idosos", disse.
Catarina Martins falava no Fundão, distrito de Castelo Branco, durante uma arruada de pré-campanha que teve lugar no mercado semanal local.
Lembrando que estava numa das zonas mais envelhecidas do país, Catarina Martins reiterou que é preciso dar resposta aos mais velhos e apontou o dedo ao facto de o rendimento dos filhos estar a ser tido em linha de conta na hora de atribuir o rendimento solidário para idosos e considerou que isso é negar apoio aos que mais precisam e prejudicar toda a família.
Depois de recordar que, durante anos imperou a ideia de que "em Portugal o único caminho era cortar nas pensões", Catarina Martins destacou os resultados que o BE conseguiu alcançar durante a última legislatura, mas admitiu que ainda preciso ir mais longe.
"Nós provámos que era possível fazer diferente. As pensões foram descongeladas e as pensões mais baixas tiveram mesmo aumentos extraordinários, mas não chega. Quem descontou 30 anos, 40 anos e tem pensões ainda abaixo de 300 ou de 300 e poucos euros como é que chega ao fim do mês?", perguntou.
Segundo apontou, em alternativa, é preciso fazer um "trabalho determinado" para que as pensões mínimas contributivas cheguem ao salário mínimo nacional.
"Isso é possível. O BE já provou que é possível ir aumentado as pensões", disse, explicando que o recente aumento extraordinário das pensões tem um custo inferior ao valor que foi possível arrecadar com a criação do adicional ao património imobiliário de luxo, o denominado "Imposto Mortágua".
"Podemos perfeitamente pedir um pouco mais de contributo a quem tem fortunas para fazer justiça a quem trabalhou toda uma vida e ter pensões dignas do nosso país", acrescentou.