Líder do PDR diz que PS e PSD não têm soluções para problemas que criaram
O presidente do Partido Democrático Republicano (PDR), Marinho e Pinto, disse hoje que PS e PSD não têm soluções para os problemas que criaram nas últimas décadas, em que dividiram o poder.
© Lusa
Política PDR
"PS e PSD têm repartido as responsabilidades governamentais há quase 50 anos, praticamente desde o 25 de Abril. É preciso pedir-lhes responsabilidades, porque nem PS nem PSD têm soluções para os problemas nacionais", disse o advogado à agência Lusa, à margem de uma ação de campanha em Faro, no Algarve, para as eleições legislativas de 06 de outubro.
O dirigente partidário afirmou que aqueles dois partidos "criaram esses problemas, são os responsáveis".
"Eles são os problemas e não a solução para esses problemas", acrescentou, sublinhando que "levar honestidade à vida política" é uma das principais bandeiras do PDR.
"Queremos combater a corrupção, as falcatruas, as pequenas fraudes, as pequenas trafulhices políticas que todos os dias os grandes partidos fazem ao eleitorado. A política deve ser feita por cidadãos e não por profissionais, porque quando a política é entregue a profissionais, eles põem os seus interesses profissionais acima, muito acima dos interesses daqueles que dizem defender e representar", frisou Marinho e Pinto.
Afirmando-se contra "uma classe política decadente, corrupta e parasitária", o líder do PDR defendeu a limitação de mandatos para os deputados.
"Assim como o Presidente da República não pode exercer mais de dois mandatos seguidos, um deputado não deve poder exercer mais de três mandatos", justificou.
O PDR pretende ainda criar um Ministério das Comunidades, que fique com a tutela dos consulados e da relação com os emigrantes portugueses.
"Os problemas dos portugueses que trabalham no estrangeiro, e são alguns milhões de compatriotas, são tratados no Ministério dos Negócios Estrangeiros. Mas os portugueses não são negociáveis, nem estrangeiros. Os consulados devem ser transformados em lojas do cidadão ao serviço dos nossos emigrantes", afirmou Marinho e Pinto.
Em Faro, o líder do PDR visitou um mercado de agricultores locais, oriundos de vários pontos do Algarve, e defendeu que este tipo de ações deve ser alargado a todos os municípios do país.
"Mais do que andar a generalizar subsídios, muitas vezes distribuídos de forma arbitrária, todas as câmaras deviam criar um espaço para os produtores agrícolas venderem os seus produtos, pelo menos uma vez por semana", referiu.
Para Marinho e Pinto, este modelo de economia "pode não ter uma grande importância em termos económicos, mas tem um papel social muito importante", sendo sustento de muitas famílias e pequenas empresas.
O dirigente partidário afirmou-se ainda favorável a "uma regionalização no Algarve com autonomia política, competências e orçamento próprio", em detrimento de "uma regionalização para criar mais tachos para as clientelas partidárias".
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