António Costa discursou na reunião da Comissão Nacional do Partido Socialista, este domingo, em Santarém. "Nós vamos continuar o caminho que iniciámos há quatro anos, do qual não estamos arrependidos e não temos qualquer dúvida que é o caminho que deve ser prosseguido", referiu o secretário-geral do PS.
Costa continuou, afirmando que "a porta está aberta e também ficará aberta se mais tarde se desejarem juntar a esta caminhada", acrescentando que "não a desejámos iniciar sozinhos, nem a desejamos prosseguir sozinhos, quem vier por bem é bem-vindo".
"Agora, não impomos nada a ninguém, não fazemos ultimatos a ninguém e aqui estamos de espírito aberto mas com grande determinação", disse ainda.
De acordo com o secretário-geral, "o muro que foi derrubado há quatro anos não vai agora ser reconstruído". Contudo, continuou os avisos às forças à sua esquerda: "Não contem com o PS para fazer o que porventura desejaram que o PS fizesse", afirmou, dizendo que esta linha política que segue é um caminho que definiu desde 2014, altura em que chegou à liderança do partido.
Neste ponto, o líder socialista citou mesmo o dirigente histórico socialista Manuel Alegre: "O PS já é há suficientes anos um partido de esquerda para precisar de professores que lhe digam como se governa à esquerda".
Ou seja, segundo o líder dos socialistas, "o PS não dá aulas, mas também não as recebe, trabalhará em conjunto de igual para igual, com respeito por todos e em parceria".
Sobre o programa do Governo, este sábado conhecido, António Costa também teceu comentários: "Temos o nosso programa e é esse programa que iremos continuar a seguir. É um programa que tem quatro grandes desafios a que temos de responder: o das alterações climáticas, ao desafio demográfico, o desafio da transição para a cidade digital e o desafio do combate às desigualdades".
"Este mandato é para quatro anos e é para quatro anos que aqui estamos para servir Portugal e os portugueses", rematou.
António Costa sublinhou ainda a importância do secretário-geral adjunto no PS, agradecendo o trabalho feito por Ana Catarina Mendes, a quem agora José Luís Carneiro sucede no cargo.