Os delegados são eleitos em listas plurinominais e não estão associados a qualquer uma das moções já anunciadas para o congresso que vai eleger o sucessor de Assunção Cristas à frente do partido.
Ao contrário de outros partidos, como o PS e PSD, o CDS não tem eleições diretas pelo que a liderança se decide, de facto, nos dois dias do congresso, que, neste caso, está agendado para 25 e 26 de janeiro de 2020.
De acordo com a secretaria-geral do CDS-PP, há cerca de 40 mil militantes em condições de votar no sábado.
Até ao momento, há pelo menos quatro candidaturas anunciadas -- João Almeida, deputado e porta-voz do partido, Filipe Lobo d'Ávila, antigo deputado que criou um grupo crítico da ainda liderança, Juntos pelo Futuro, Abel Matos Santos, da Tendência Esperança em Movimento (TEM), e Carlos Meira, ex-líder da concelhia de Viana do Castelo.
O líder da Juventude Popular (JP), Francisco Rodrigues dos Santos, a exemplo dos restantes, também anunciou uma moção de estratégia e admitiu, em meados de outubro, que poderá concorrer.
Segundo uma fonte da direção do CDS, na esmagadora maioria das concelhias a lista é única, mas há exceções.
Nas concelhias de Coimbra e Braga há três listas concorrentes e em mais 10 (Setúbal, Portalegre, Oeiras, Marco de Canavezes, Vila Verde, Portimão, Aveiro, Feira e Espinho) concorrem duas listas.
Além dos cerca de mil delegados, têm assento, por inerência, os membros da mesa do congresso, o líder e dirigentes nacionais, deputados, nacionais e regionais, eurodeputados, presidentes das comissões políticas regionais, distritais e concelhias, secretário-geral e adjuntos, membros dos Governo, nacional ou regionais, presidentes de câmaras, de assembleias municipais e de juntas de freguesia, entre outros.
Assunção Cristas anunciou a saída do cargo de presidente do CDS em 6 de outubro, na noite das legislativas em que o partido passou de 18 para cinco deputados, com 4,4% dos votos.
O congresso para eleger uma nova liderança do partido está agendado para 25 e 26 janeiro de 2020, em Aveiro.