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"O país também aprecia que Marcelo fale grosso"

Luís Marques Mendes teceu elogios a Marcelo Rebelo de Sousa pela mensagem de Natal.

"O país também aprecia que Marcelo fale grosso"
Notícias ao Minuto

22:05 - 29/12/19 por Filipa Matias Pereira

Política Marques Mendes

No seu habitual espaço de comentário na antena da SIC Notícias, Luís Marques Mendes começou por elogiar a postura do Presidente da República. O comentador destacou a mensagem de Natal de Marcelo, publicada no Jornal de Notícias. "O país também aprecia que Marcelo, de vez em quando, fale grosso", atirou. A possível recandidatura do Presidente também foi tema de análise.

Para o político, o chefe de Estado saiu da sua zona de conforto quando, neste Natal, "teve uma intervenção fora do vulgar", ao "fazer críticas à falta de reformas no país, na governação".

Considerou Marques Mendes que Marcelo "tem razão" e enfatizou a sua "atitude", considerando que "o país gosta de um presidente de afetos, das selfies, da proximidade, do apoio às grandes medidas da governação. Mas acho que o país também aprecia que Marcelo, de vez em quando, fale grosso, como falou desta vez, que ponha os pontos nos is, que chame a atenção dos problemas que não são resolvidos, que de alguma forma possa criticar aquilo que são os desvios relativamente às grandes orientações do país".

Para além disso, a posição de Marcelo é justificada pelo "estado do país". O político entende que, "verdadeiramente, as coisas em Portugal melhoraram". Mas "estamos ainda numa situação vulnerável porque temos uma dívida brutal, temos um crescimento económico anémico, temos uma produtiviadade muito baixa e a pobreza e a desigualdades em níveis inquietantes. Tirando as questões do défice orçamental, não se veem medidas de fundo para resolver este estado de coisas".

Quanto à possível recandidatura de Marcelo Rebelo de Sousa, Marques Mendes não tem dúvidas que "tudo aponta para que se recandidate". As dúvidas "apontam noutro sentido", nomeadamente em relação ao PS. Será que o partido do Governo vai apresentar ou apoiar um candidato? "Julgo que não. Face à popularidade de Marcelo, [o PS] não vai correr esse risco de ter uma derrota humilhante que ia fragilizar a governação".

Já em relação a adversários, "a grande questão é a Direita". O ex-líder do PSD deixou no ar, "por exemplo", o nome de "André Ventura. Talvez seja aí onde pode haver uma outra dificuldade", considerou.

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