Rio responde a Marcelo: "Estamos aqui para ser fortes, não fracos"

Rui Rio fez uma leitura da mensagem de Ano Novo de Marcelo Rebelo de Sousa, considerando que é próxima do discurso do PSD. Rio aproveitou ainda para esclarecer quando será conhecida a posição do PSD quanto ao Orçamento do Estado.

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Filipa Matias Pereira
02/01/2020 20:00 ‧ 02/01/2020 por Filipa Matias Pereira

Política

Rui Rio

Na habitual mensagem de Ano Novo, Presidente da República pediu uma oposição forte. Rui Rio estava atento às palavras de Marcelo Rebelo de Sousa e fez uma "leitura próxima do que tem sido o discurso que o PSD tem feito".

Por um lado, frisou o líder do PSD em declarações aos jornalistas, o chefe de Estado "apontou alguns defeitos à governação do PS, nomeadamente a degradação dos serviços públicos ao nível da saúde e da segurança. Pediu ainda que a oposição seja forte e estamos aqui para ser fortes, não é para sermos fracos".

Recordou Rio que Marcelo deu a entender que "os partidos deveriam procurar entendimento sempre que isso fosse do interesse nacional. Isso bate com o que ando a dizer desde que sou presidente do PSD. O interesse nacional tem de estar à frente do interesse dos partidos".

Já quanto à posição do PSD relativa ao Orçamento do Estado, indicou o antigo autarca da Invicta que será oficializada depois das "pequenas jornadas parlamentares" do PSD agendadas para a próxima terça-feira (dia 7), na Assembleia da República.

Rui Rio irá encerrar os trabalhos no final do dia e considerou esta quinta-feira que "esse é o momento ideal para o PSD fazer a sua análise aprofundada e dizer oficialmente aquilo que vai ser a sua posição de voto na generalidade no fim da próxima semana", disse em Macedo de Cavaleiros, à margem de uma reunião com militantes do PSD do distrito de Bragança, no âmbito da recandidatura à liderança do partido.

O líder social-democrata garantiu ainda aos jornalistas que já estudou a proposta do Governo do Orçamento do Estado naquilo que lhe "é possível estudar, um pouco do ponto de vista técnico, bastante do ponto de vista político" e ressalvou que no debate da especialidade, que se seguirá à votação na generalidade, é que estarão disponíveis "todos os pequenos pormenores no âmbito do articulado da Proposta de Lei" para um debate mais aprofundado.

Foi conhecida esta quinta-feira a moção de Rui Rio à presidência do PSD, onde defende que o partido estará "a partir de 2021 em condições reforçadas para governar Portugal", sobretudo se escolher "uma liderança responsável e mobilizadora", num texto omisso sobre eleições presidenciais.

Quanto a esta omissão, esclareceu Rio que "não são os partidos que indicam candidatos", são "os candidatos que se propõem e depois os partidos apoiam ou não". O que está em "cima da mesa", acrescentou, "é a recandidatura ou não de Marcelo Rebelo de Sousa", que "pediu para se respeitar o que ele vai dizer num momento próprio. Eu vou respeitar isso".

Aproveitou o líder partidário para enfatizar que esta moção pretende transmitir uma mensagem relativa às "prioridades do PSD para os próximos anos", e ainda quanto à abertura do partido à sociedade e quanto à oposição do partido ao Governo, que deve ser "construtiva".

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