"O que se está aqui a passar é infantil". Moções sobre Joacine retiradas

Ricardo Sá Fernandes, presidente do Conselho de Jurisdição do Livre, disse à SIC Notícias, à margem do congresso, que a crise no partido é ultrapassável e repetiu que não existem "divergências políticas de fundo". Nesse sentido, as moções de orientação crítica, tanto do partido como de Joacine, foram retiradas pelos seus subscritores.

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© Nuno Pinto Fernandes/Global Imagens

Anabela Sousa Dantas
19/01/2020 11:57 ‧ 19/01/2020 por Anabela Sousa Dantas

Política

Joacine Katar Moreira

O presidente do Conselho de Jurisdição do Livre, Ricardo Sá Fernandes, voltou este domingo a falar com os jornalistas, à margem do IX Congresso do partido, e, em declarações concedidas à SIC Notícias, manifestou-se convencido de que é possível sanar as diferenças internas que no sábado se voltaram a evidenciar.

Recorde-se que a discussão da resolução emitida pela 42.ª assembleia do partido, que pedia a remoção de confiança política a Joacine Katar Moreira, terminou ontem sem votação, tendo sido remetida para os novos órgãos do partido, que foram este domingo eleitos.

Ricardo Sá Fernandes, que votou a favor do adiamento desta decisão, revelou que "todos os intervenientes perceberam que resolver o problema ontem não seria bom para ninguém e não seria justo para ninguém", mencionando "bom senso", "espírito democrático" e "tolerância" como valores a reter.

O advogado disse esperar que "Joacine Katar Moreira e os membros dos órgãos agora eleitos sejam capazes de encontrar as pontes que são fundamentais que se estabeleçam para que o partido recupere desta crise grave".

Repetindo que não está em causa "nenhuma divergência política de fundo" mas antes "questões procedimentais de relacionamento", Sá Fernandes mantém confiança na resolução das diferenças. "Acredito que o bom senso pode prevalecer. (...) Independentemente dos momentos de exaltação, não vejo nenhuma razão para que não haja entendimento".

Questionado sobre se este conflito não terá repercussões no futuro do Livre como partido, o militante disse que sim, mas que ainda não é irreversível, restando quatro anos para ultrapassar aquilo que se define como "crise de desenvolvimento". "Uma colega com experiência em conflitos políticos disse-me que o que se está aqui a passar é infantil e já não se morre de doenças infantis. É fácil de curar".

Estava na ordem de trabalhos para este domingo, sublinhe-se, a votação das moções específicas, uma delas assinada amplamente noticiada na semana passada, que pedia a Joacine Katar Moreira para renunciar ao seu mandato. Outras teciam críticas à postura do partido no que diz respeito à relação com a sua deputada única. Ricardo Sá Fernandes indicou que todas as moções com orientações críticas, seja para com o partido ou para com Joacine, foram retiradas pelos seus subscritores, uma vez que deixaram de fazer sentido depois do adiamento da resolução da assembleia sobre este assunto.

O congresso do Livre elege, por voto secreto, o Grupo de Contacto (direção do partido), o Conselho de Jurisdição e a assembleia - órgão máximo entre congressos. Será a estes novos órgãos que caberá a decisão em relação a Joacine Katar Moreira e à sua continuidade no Livre.

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