Montenegro chega ao Congresso: "Sou sempre leal ao PSD. Fui sempre"

Luís Montenegro, que concorreu à liderança do PSD, chegou ao 38.º Congresso do partido. Parco em palavras, disse que veio para "ouvir as intervenções iniciais, a intervenção de abertura do presidente e para participar como delegado".

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© Nuno Pinto Fernandes/ Global Imagens 

Melissa Lopes
07/02/2020 21:47 ‧ 07/02/2020 por Melissa Lopes

Política

PSD

Luís Montenegro, que perdeu as diretas para Rui Rio no mês passado, chegou esta sexta-feira ao 38.º Congresso do PSD, em Viana do Castelo, com pouca vontade de falar, notando que vem para ouvir as intervenções e para fazer "aquilo que os outros fazem". 

"Venho para ouvir as intervenções iniciais, a intervenção de abertura do presidente do partido e para participar como delegado que sou, eleito na seção se Espinho que é a minha", disse, em declarações aos jornalistas. 

Quanto ao dia de amanhã, em que o antigo líder parlamentar deverá almoçar com os delegados apoiantes da sua candidatura, Montenegro não quis comentar. "Amanhã logo vemos", afirmou, brincando: "Amanhã vou almoçar como almoço todos os dias", quando questionado sobre a possibilidade de ser um "almoço conspirativo". 

"Vou fazer o que sempre fiz nos congressos que é estar com os meus companheiros, participar, fazer aquilo que os outros fazem, sou um como os demais", declarou, assumindo, contudo, a "responsabilidade" que recai sobre si. "Naturalmente não esqueço a responsabilidade que recai sobre mim, porque fui candidato a líder", disse. 

Instado a comentar sobre a promessa de lealdade que deixou na noite de 18 de janeiro, quando perdeu as diretas para Rui Rio, o social-democrata rematou: "Sou sempre leal com o PSD. Fui sempre"

Levado a comentar as declarações de Alberto João Jardim, que à entrada do Congresso disse que o tempo dos meninos traquinas no PSD tem de acabar, Montenegro afirmou:  "O dr. Alberto João Jardim tem vários momentos de traquinice, é muito castiço enquanto político", recusando afirmar se se sente visado pelas palavras do político madeirense. 

O Congresso realiza-se três semanas depois de umas eleições diretas muito disputadas e que levaram o PSD a uma inédita segunda volta.

Rui Rio foi reeleito para um segundo mandato à frente do PSD em 18 de janeiro com 53,2% dos votos, contra 46,8% de Luís Montenegro, depois de, na primeira volta, ter falhado por pouco a necessária maioria absoluta dos votos expressos, com 49%. Pelo caminho, ficou o terceiro candidato, o presidente da Câmara Municipal de Cascais, Miguel Pinto Luz, que conseguiu 9,5% dos votos.

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