"É desonesto colocar eutanásia de um lado e cuidados paliativos de outro"

Antiga secretária de Estado da Igualdade escreveu um texto onde revela a sua posição acerca da morte assistida. Tema regressa à Assembleia da República já no dia 20.

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© Jorge Amaral/Global Imagens

Notícias Ao Minuto
11/02/2020 08:30 ‧ 11/02/2020 por Notícias Ao Minuto

Política

Catarina Marcelino

Catarina Marcelino, antiga secretária de Estado da Igualdade, recorre ao Facebook para escrever um comentário no seguimento do texto de Tolentino Mendonça no Expresso intitulado '10 razões civis contra a eutanásia'.

"A propósito da morte assistida e do texto filosófico de Tolentino Mendonça [...] sobre a vida humana e o seu valor",  a ex-responsável pela pasta da Igualdade assinala a sua posição acerca deste tema que regressa à Assembleia da República a 20 deste mês

"Eu não gosto que decisões extremamente importantes sobre mim, não sejam tomadas por mim. Tenho muita dificuldade em aceitar que, caso esteja consciente, perante uma situação limite e irreversível, não possa decidir sobre se quero viver ou morrer, porque alguém que não eu decidiu 'o que é melhor para mim'", começa por frisar Catarina Marcelino.

Para a antiga secretária de Estado, "obviamente que a escolha é aqui a questão central", e "eu sou pela escolha como fui noutros tema que misturam a moral judaico-cristã pelo meio". E assegura: "Sou a favor da morte assistida se essa for a decisão consciente da própria pessoa."

No mesmo post, Catarina Marcelino refere que acha "profundamente lamentável e desonesto colocar a morte assistida de um lado e o investimento dos cuidados paliativos de outro", porque "obviamente não estão em alternativa".

"E já agora, também sou defensora de um maior investimento nos cuidados paliativos", conclui.

Leia Também: Eutanásia: "A minha abordagem começa pelas pessoas concretas"

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