Catarina Marcelino, antiga secretária de Estado da Igualdade, recorre ao Facebook para escrever um comentário no seguimento do texto de Tolentino Mendonça no Expresso intitulado '10 razões civis contra a eutanásia'.
"A propósito da morte assistida e do texto filosófico de Tolentino Mendonça [...] sobre a vida humana e o seu valor", a ex-responsável pela pasta da Igualdade assinala a sua posição acerca deste tema que regressa à Assembleia da República a 20 deste mês.
"Eu não gosto que decisões extremamente importantes sobre mim, não sejam tomadas por mim. Tenho muita dificuldade em aceitar que, caso esteja consciente, perante uma situação limite e irreversível, não possa decidir sobre se quero viver ou morrer, porque alguém que não eu decidiu 'o que é melhor para mim'", começa por frisar Catarina Marcelino.
Para a antiga secretária de Estado, "obviamente que a escolha é aqui a questão central", e "eu sou pela escolha como fui noutros tema que misturam a moral judaico-cristã pelo meio". E assegura: "Sou a favor da morte assistida se essa for a decisão consciente da própria pessoa."
No mesmo post, Catarina Marcelino refere que acha "profundamente lamentável e desonesto colocar a morte assistida de um lado e o investimento dos cuidados paliativos de outro", porque "obviamente não estão em alternativa".
"E já agora, também sou defensora de um maior investimento nos cuidados paliativos", conclui.
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