No projeto de resolução, entregue hoje na Assembleia da República, o PAN recomenda ao Governo o "rastreio regular e obrigatório dos profissionais que exercem funções em lares de idosos e em instituições de acolhimento de crianças e jovens, bem como dos cuidadores informais, como forma de prevenir situações de contágio da covid-19 nestes grupos mais vulneráveis".
O partido quer também que seja articulado "com o poder local a criação de um plano para apoiar estas instituições de forma a garantir as respostas necessárias, assegurando a proteção de profissionais e utentes".
Num outro projeto de resolução, os deputados do PAN já tinham definido que a realização de rastreios à covid-19 seja alargada a todos os profissionais de saúde, da distribuição e proteção civil.
No documento entregue hoje, o grupo parlamentar do PAN salienta que "é particularmente importante implementar medidas de proteção das pessoas mais vulneráveis ou em situação de risco, onde se inclui a população idosa, bem como medidas de proteção de crianças e jovens institucionalizadas".
Como exemplos, o partido refere as notícias que dão conta de um grande número de pessoas infetadas em lares, o que levou a que os funcionários destas instituições ficassem em quarentena e os utentes fossem transferidos.
"É importante não esquecer que muitos idosos residem em lares ou residências, convivendo diariamente, pelo que é essencial implementar medidas específicas destinadas à prevenção de contágio nestas estruturas, uma vez que os riscos são mais elevados e as consequências mais gravosas", alerta o PAN, que saúda a suspensão das visitas aos lares como medida para tentar conter a propagação da pandemia de covid-19.
O partido aponta que também é "imperioso que as instituições como lares de acolhimento de crianças e jovens, ou idosos, nesta fase possam ser dotados de equipamentos de proteção individual, assegurar no caso dos jovens que são acompanhados por professores a distância, dar apoio especial aos mais idosos que se veem privados de privar com os seus familiares ou até de regressar a casa nos fins-de-semana, mas também assegurar que os profissionais que trabalham recebem também eles este apoio".
Portugal registou os primeiros casos confirmados no dia 02 de março, encontrando-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril.
Hoje, subiu para 60 o número de mortes associadas à covid-19, mais 17 do que na quarta-feira, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral de Saúde, registando 3.544 casos de infeção.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou perto de 450 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 20.000.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.