PCP pede medidas para travar "problema social" das "maiores dimensões"

O PCP voltou hoje a manifestar as suas reservas ao estado de emergência devido à pandemia de covid-19 e pediu medidas para que o "problema de saúde não se transforme num problema social de ainda maiores dimensões".

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Lusa
02/04/2020 11:03 ‧ 02/04/2020 por Lusa

Política

Covid-19

"São muitas as necessidades a que é preciso dar resposta para que o problema de saúde pública não se transforme num problema social de ainda maiores dimensões", afirmou o líder parlamentar dos comunistas, João Oliveira, no debate, no parlamento, sobre o prolongamento do estado de emergência devido à pandemia.

Com o "surto epidémico", afirmou, o país enfrenta "um conjunto grande de problemas sanitários, económicos e também sociais" e para a sua solução o estado de emergência não é obrigatório.

"É nas decisões políticas que, com ou sem estado de emergência, têm de ser tomadas que devem ser feitas opções que resolvam os problemas que temos e teremos pela frente", disse, recusando que o estado de exceção seja "o pretexto para se impor a lei da selva na vida e nos direitos dos trabalhadores".

Portugal "não tem de viver amarrado ao estado de emergência enquanto vigorarem as medidas de prevenção e contenção do surto epidémico porque não é do estado de emergência que o país precisa", acrescentou.

O país, acrescentou ainda, "precisa também com urgência de medidas económicas e sociais de maior fôlego", de "proteção do emprego e de apoio a quem se vê sem rendimentos mas com encargos" e de "medidas de apoio à produção nacional, a começar pela produção agroalimentar".

Já no final da sua intervenção, João Oliveira, enumerou as "dificuldades" que se colocam daqui para a frente e que necessitam de resposta por parte do executivo.

"Da perda do emprego e do salário até às dificuldades de um idoso que não pode ir às compras", da "proteção dos profissionais de saúde, das forças de segurança, do apoio aos idosos, da recolha e tratamento de resíduos, da distribuição comercial e outros serviços essenciais até à proteção da saúde mental de quem pode ter de ficar confinado à sua habitação durante meses", enumerou.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 905 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram quase 46 mil.

Em Portugal, segundo o balanço feito na quarta-feira pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 187 mortes, mais 27 do que na véspera (+16,9%), e 8.251 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 808 em relação a terça-feira (+10,9%).

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