David Justino considerou, ao início da tarde desta terça-feira, que "ainda é cedo" para anunciar que as escolas vão abrir "na data 'a' ou 'b'". O vice-presidente do PSD falou aos jornalistas no final da terceira sessão sobre a situação epidemiológica da Covid-19 em Portugal, que decorreu no Infarmed.
Durante esta reunião, os especialistas estiveram concentrados na avaliação do risco de reabertura das escolas - dados que, para David Justino, são "úteis" não para "fazer cenários impossíveis", mas para começar a "construir saídas pertinentes".
Com efeito, o porta-voz dos sociais-democratas considerou que "ainda é cedo" para estabelecer uma data em que os alunos possam retomar as atividades letivas presenciais porque "a escola envolve grupos de pequeno risco, os mais jovens", e grupos "de alto risco, como professores e funcionários". Recordou David Justino que "metade do corpo docente tem pelo menos 50 anos", o que faz destes profissionais "vítimas potenciais" da Covid-19.
Considerando que "todo o cuidado é pouco", o PSD "tentará transmitir na quarta-feira ao primeiro-ministro" a necessidade de ter "cuidado" na "capacidade de podermos mitigar impactos negativos que uma medida destas [reabertura das escolas] poderá ter. Temos tempo e devemos ter uma atitude responsável" que permita tomar "medidas ponderadas e equilibradas entre a necessidade de voltarmos à vida normal" e os "condicionalismos de abrir novamente as escolas".
Esta sessão, que voltou a decorrer na Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed), em Lisboa, juntou o chefe de Estado e o primeiro-ministro, António Costa, o presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, assim como líderes partidários, de confederações sindicais e patronais. Desta vez, a reunião contou também com os conselheiros de Estado (que participaram por videoconferência).