Há "luz ao fundo do túnel", mas "Estado de Emergência é essencial"

José Luís Carneiro entende que a "luz ao fundo do túnel que se vislumbrou há 15 dias é possível manter-se viva, se os dados que temos hoje se confirmarem no final do mês de abril".

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Filipa Matias Pereira
15/04/2020 15:43 ‧ 15/04/2020 por Filipa Matias Pereira

Política

Covid-19

Depois de ter marcado presença, na manhã desta quarta-feira, na reunião onde se debateu a situação epidemiológica em Portugal, José Luís Carneiro transmitiu ao país uma "mensagem de esperança relativamente ao futuro".

A esperança, esclareceu em declarações aos jornalistas, é justificada "porque se verificam dados que consolidam a tendência de descida nos números de contágio", o que ilustra, aliás, "que tem valido a pena o esforço imenso da sociedade. É ainda devida uma palavra de agradecimento às instituições que têm contribuído para este resultado".

Na reunião onde estiveram também presentes o Presidente da República, primeiro-ministro, presidente da Assembleia da República, líderes partidários, sindicais e patronais, conselheiros de Estado e epidemiologistas, foi divulgado um estudo de saúde pública que mostra "a outra face da crise".

De acordo com o secretário-geral adjunto do PS, este evidencia que o "condicionamento que temos vindo a observar tem vindo a produzir um aumento de ansiedade nas mulheres e nas famílias e há ilações que se podem extrair no aprofundamento das desigualdades e da saúde mental".

Este estudo, acrescentou ainda, "cruza várias variáveis e permite-nos ter uma noção muito clara" dos "termos do condicionamento que são essenciais para garantir níveis de saúde pública com esta perspetiva de esperança para o futuro imediato". Depois, mostra-nos a "outra face que não pode ser esquecida: daqueles que estão preocupados com o futuro, com os rendimentos dos trabalhadores e o emprego".

Simultaneamente, os dados apresentados permitem "perspetivar que com a conjugação de um conjunto de variáveis (de controlo e de segurança da saúde publica), será possível, talvez em maio, podermos retomar, de forma gradual, algumas das atividades sociais e económicas. Saímos daqui com a firme convicção de que a luz ao fundo do túnel que se vislumbrou há 15 dias é possível manter-se viva, se os dados que temos hoje se confirmarem no final do mês de abril". 

Os dados tornados públicos exigem, porém, que "haja um sentido elevado de responsabilidade para que se consolidem com maior aprofundamento". Com efeito, "a manutenção do Estado de Emergência é essencial para que no fim de abril estes dados sejam sólidos. Para em maio podermos regressar a uma vida tão normal quanto possível".

Clarificou o socialista que "uma coisa é vencermos o grave perigo com que estávamos confrontados. Outra coisa é o virus desaparecer, que só acontecerá com a descoberta da vacina ou com a imunização total da população. A melhor perspetiva é que a vacina só esteja disponível no próximo ano, a recuperação das condições de vida exigirá, [por isso], um conjunto de grandes responsabilidades. Mas há setores sociais aos quais será aconselhada [a continuação] do confinamento das suas vidas sociais e culturais".

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