A reunião do PCP com o primeiro-ministro que, esta quarta-feira, está a receber os nove partidos políticos com assento parlamentar para uma ronda de audições sobre o calendário e plano de retoma do país, devido à pandemia de Covid-19 , já terminou.
No final do encontro, Jerónimo de Sousa disse aos jornalistas que o PCP mantém a opinião de "que existem leis suficientes para aplicar as medidas [que o Governo está a preparar], com poderes efetivos para fazer aquilo que, sobre o nome de calamidade, pode ser perfeitamente realizável. Existem leis suficientes, faltam é medidas para tranquilizar portugueses".
Ou seja, o PCP concorda com a passagem do estado de emergência para a situação de calamidade pública e “acompanha as medidas de desconfinamento que garantam a retoma da economia”, mas sublinha que “as medidas sanitárias necessárias à proteção dos trabalhadores" têm de ser garantidas.
"Desconfinamento sim, mas com a garantia de proteção, seja na escola, creche ou fábrica. Os portugueses têm de ter garantias de saúde pública, apoio, proteção", salientou o líder do PCP.
Antes de terminar a sua curta intervenção, Jerónimo de Sousa revelou que o PCP apelou ao Governo para "não se esquecer dos milhares e milhares de pequenos e médios empresários que não sabem o que fazer à vida" e relembrou que a paragem da economia pode provocar “um efeito mais lapidar do que a situação de doença que existe atualmente”.