Os projetos de resolução do PEV, PSD, PAN e PS foram aprovados por unanimidade, enquanto o do BE foi aprovado com a abstenção do PCP e votos favoráveis dos restantes deputados.
Os deputados chumbaram, porém, um projeto de lei do PCP que instava o Governo a desenvolver em articulação com a Agência Portuguesa do Ambiente, uma campanha divulgada através da comunicação social como publicidade institucional sobre a "separação, deposição de resíduos e armazenagem de resíduos em contentores, com especial destaque para o acondicionamento de equipamentos de proteção individual".
No documento, os comunistas estabeleciam igualmente os "requisitos para operação de unidades de triagem de resíduos urbanos", pedindo uma adaptação destes locais e referindo que os resíduos deviam passar por uma quarentena de 72 horas, em local definido para o efeito, sempre que a triagem seja feita manualmente.
Esta iniciativa foi chumbada com os votos contra de PS, PSD, CDS e Chega e os votos favoráveis de PCP, BE, PAN, deputada não-inscriva Joacine Katar Moreia, PEV e Iniciativa Liberal.
Na base das propostas, todos os partidos assinalam que já foram emitidas orientações e recomendações para a gestão de resíduos em situação de pandemia, mas queixam-se que estas não foram suficientemente divulgadas, e denunciam que existem equipamentos de proteção acumulados na via pública ou a ser colocados em ecopontos, impossibilitando a reciclagem dos restantes materiais dentro do contentor.
Os partidos defendiam então uma campanha de sensibilização, com ampla divulgada na comunicação social e outros canais próprios, que alerte os portugueses para o risco que as máscaras e luvas podem constituir, podendo ser um foco de contaminação para os trabalhadores dos resíduos e para a sociedade em geral.
No debate parlamentar em torno destas propostas, os deputados defenderam ainda o uso de máscaras reutilizáveis, uma forma de diminuir o lixo produzido durante a pandemia.