Bloco preocupado com população que não compra máscaras por serem caras

O BE mostrou-se hoje preocupado por cerca de 20% da população afirmar que não consegue comprar máscaras por serem caras, defendendo que o investimento na saúde para combater a covid-19 saia de um orçamento suplementar.

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Lusa
14/05/2020 15:20 ‧ 14/05/2020 por Lusa

Política

Covid-19

 

À saída da sexta reunião no Infarmed, em Lisboa, para avaliar a situação epidemiológica em Portugal devido à covid-19, foi o deputado Moisés Ferreira que falou pelo BE, defendendo que, olhando para os indicadores, é possível perceber que, "do ponto de vista epidémico, a covid-19 está relativamente controlada em Portugal e isso deve-se ao comportamento da população e com a resposta do Serviço Nacional de Saúde".

"Foi-nos dada uma informação que preocupa que é o facto de cerca de 20% da população dizer que não tem conseguido acesso a máscaras ou outros equipamentos de proteção individual porque as considera caras e isto é um sinal da vulnerabilidade socioeconómica da população", referiu.

Em causa, de acordo com o deputado, estão os resultados dos inquéritos que a Escola Nacional de Saúde Pública tem feito, insistindo por isso os bloquistas que o preço dos equipamentos "deve ser tabelado" e "devem ser incentivadas e reforçadas iniciativas de distribuição à população destes equipamentos".

"O Serviço Nacional de Saúde precisa de ter o orçamento que foi aprovado para 2020 para a sua atividade regular e, a isso, acrescer tudo aquilo que for necessário do ponto de vista de recursos financeiros para continuar o combate à covid", defendeu.

Para isso, na perspetiva de Moisés Ferreira, "deve haver de imediato, o mais rapidamente possível, um orçamento suplementar para o Serviço Nacional de Saúde", para que este garanta que "tudo o que foi gasto e investido no combate à covid e que tem que continuar a ser investido não sai do orçamento que tinha sido aprovado para 2020, mas acresce a esse orçamento".

O Serviço Nacional de Saúde, de acordo com o BE, "vai ter que continuar a responder aos casos covid, retomar atividade que foi suspensa e voltar à atividade normal que já tinha antes", o que vai exigir "um esforço grande".

Em relação aos desconfinamento, Moisés Ferreira considerou que "ainda é relativamente cedo para perceber inteiramente o impacto das medidas graduais" na evolução da epidemia.

"Neste momento de desconfinamento para o BE é importante atuar em duas áreas. A primeira é na proteção das pessoas que são especialmente vulneráveis à covid-19 e a segunda é no reforço do Serviço Nacional de Saúde", defendeu.

Portugal contabiliza 1.184 mortos associados à covid-19 em 28.319 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.

Relativamente ao dia anterior, há mais 9 mortos (+0,8%) e mais 187 casos de infeção (+0,7%).

Das pessoas infetadas, 680 estão hospitalizadas, das quais 108 em unidades de cuidados intensivos, e o número de casos recuperados é de 3.198.

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