"Abalo" entre Centeno e Costa "pode fragilizar a credibilidade do Governo

O Partido Ecologista 'Os Verdes' (PEV) considerou hoje que o "abalo" entre o ministro das Finanças, Mário Centeno, e o primeiro-ministro, António Costa, "pode fragilizar a credibilidade do Governo", mas que é uma situação ultrapassada.

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Lusa
14/05/2020 21:57 ‧ 14/05/2020 por Lusa

Política

Verdes

 

Esta posição foi transmitida aos jornalistas pelo do PEV José Luís Ferreira no final de uma reunião com o primeiro-ministro, na residência oficial de São Bento, em Lisboa, antes de o Governo tomar decisões sobre a segunda fase de reabertura gradual das atividades e estabelecimentos encerrados devido à pandemia de covid-19.

"Consideramos que é muito grave a falha de articulação que houve entre o ministro das Finanças e o primeiro-ministro", declarou o deputado do PEV, acrescentando: "Registamos com alguma preocupação este abalo - eu não diria que foi uma crise - que pode fragilizar a credibilidade do Governo, mas que creio que está ultrapassada".

José Luís Ferreira realçou, contudo, que "a nomeação dos membros do Governo é da exclusiva competência do senhor primeiro-ministro" e que para o PEV "mais importante que as pessoas são as políticas praticadas".

"O que é mais grave da nossa perspetiva é que com esta transferência de 850 milhões de euros para o Novo Banco o Governo acabou por violar um compromisso que publicamente tinha assumido com os portugueses", afirmou, referindo-se às declarações do primeiro-ministro no parlamento em que remeteu nova injeção de capital para depois de conhecidos os resultados da auditoria em curso.

Sobre a próxima etapa de reabertura gradual das atividades e estabelecimentos encerrados devido à pandemia de covid-19, a deputada do PEV Mariana Silva disse que nesta reunião com o primeiro-ministro o seu partido alertou para perigos das praias não vigiadas e "de outros locais que os portugueses possam vir a procurar como barragens e rios e que possam não estar habituados a frequentar".

Além disso, o PEV defendeu "mais investimento em transporte público" e "que todos os municípios tenham a possibilidade de oferecer aos alunos que necessitem de transporte escolar adequado e em segurança", e ainda que face ao impacto da atual crise nos rendimentos das famílias "os apoios sociais sejam também adequados".

 

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