"Eu não queria antecipar, porque vou receber os partidos no mês que vem, em junho, na transição de junho para julho, para os ouvir sobre a convocação das eleições para a Assembleia Legislativa Regional dos Açores", afirmou.
Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas no final de uma visita às instalações do Banco Alimentar Contra da Fome, em Lisboa, onde fez uma contribuição através da 'internet'. Devido à pandemia, esta campanha não seguiu os moldes habituais, em que os voluntários faziam a recolha das doações nas superfícies comerciais.
"Vamos agora acompanhar a situação sanitária e, em função daquilo que for em junho e julho, assim haverá a convocação", adiantou o chefe de Estado.
Na ótica do Presidente da República, "é prematuro neste momento estar a especular sobre se houver uma segunda vaga, se houver uma terceira vaga, se houver dificuldades, por exemplo, de circulação entre ilhas", apontando que, se existirem entraves à circulação "é evidente que é muito difícil fazer campanha eleitoral".
"Mas porquê especular? Vamos esperar para ver", acrescentou.
Nas eleições legislativas regionais - ainda sem data definida pelo Presidente da República - são escolhidos os 57 deputados que terão assento no parlamento açoriano, por nove círculos eleitorais - um por cada ilha dos Açores e um círculo regional de compensação.
A data em que se realizam é definida pelo Presidente da República, com a antecedência mínima de 60 dias, ou, em caso de dissolução, com a antecedência mínima de 55 dias e realizam-se, tradicionalmente, num domingo entre 28 de setembro e 28 de outubro.
No final de abril, os partidos nos Açores admitiam como único motivo para um eventual adiamento das legislativas regionais deste ano a manutenção de restrições no âmbito da pandemia, mas apontavam diferentes opiniões sobre o momento para essa reflexão.
Na segunda-feira, o ministro da Administração Interna disse ao jornal Público que o Governo "está a trabalhar num cenário de manutenção do calendário eleitoral" em relação às eleições regionais dos Açores, excluindo um possível adiamento do ato eleitoral devido às medidas de mitigação da pandemia.
Portugal contabiliza 1.302 mortos associados à covid-19 em 30.471 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia.
Relativamente ao dia anterior, há mais 13 mortos (+1%) e mais 271 casos de infeção (+0,9%).
Os Açores registam 135 casos de covid-19 e a Madeira contabiliza 90 casos confirmados, de acordo com o boletim hoje divulgado.